Mãe também é mulher: psicóloga em Juiz de Fora fala sobre culpa materna e importância de não se auto anular

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Neste Dia das Mães, o g1 traz uma entrevista com a psicóloga Thaís Knopp, que explicou sobre as mudanças no papel da mulher na sociedade e a importância de saber o que é prioridade. Mães falam sobre os desafios e importância de viver além da maternidade
Quem disse que para ser uma boa mãe, você precisa deixar de ser mulher? Antes de ser mãe, todas somos mulheres, com objetivos pessoais, desejos e sonhos a realizar. Mas como não se culpar por deixar o filho com algum responsável para sair um dia com as amigas? Ou comprar algo que quer muito para si? Ou, ainda, aceitar uma promoção no trabalho, se matricular na academia, fazer uma especialização ou simplesmente passar um dia inteiro deitada no sofá?
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Não se auto anular pode ser um desafio para muitas mães, afinal, um filho, ou uma filha, ocupa um importante lugar na vida delas, que escolheram a maternidade. Neste Dia das Mães, o g1 traz uma entrevista com a psicóloga Thaís Knopp, que falou sobre o papel imposto pela sociedade à mulher, como lidar com os sentimentos de culpa e a importância de se ter a própria vida.
“Todos os dias é preciso lembrar quem somos, o que gostamos, quais são nossas vontades, necessidades, nem que seja um pouco. Por mais difícil que pareça, se a gente se colocar como prioridade, só um minutinho por dia, todos os dias, já vai virando costume”, afirmou.
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g1
O papel da mulher na sociedade em evolução
Historicamente, o papel da mulher era o de mãe e esposa, aquela que “cuida de todos e do lar”, que está sempre impecável, tanto na aparência física quanto em casa. No entanto, de acordo com a especialista, essa visão vem dando espaço a outras formas de ser mulher.
“Essa mulher retratada historicamente não deixou de existir, existem pessoas que gostam de ser assim, porém, vemos também outras formas, como a mulher-mãe que trabalha o dia todo e tem ajuda para cuidar da casa e dos filhos, a mulher-mãe solo que se desdobra pra dar ‘conta de tudo’, a mulher que não quis ser mãe e se dedica a outras coisas”, destacou a psicóloga.
Sentimentos de culpa: como se libertar?
Como o papel de cuidadora existe, e está internalizado nas mulheres desde sempre, é comum vermos mães que se anulam constantemente em prol dos filhos.
“Essa culpa vem da sociedade que julga, e não apenas de pessoas externas [de fora do convívio dessa mãe], vem muitas vezes de dentro de casa, seja por um[a] companheiro[a], seja por seus próprios pais, irmãos e até amigos”.
A psicóloga diz, ainda, que apesar da maternidade ser uma parte gigantesca (muitas vezes a maior) da vida de muitas mãe, é preciso se questionar sobre “se deixarmos de lado tudo que nos faz ser quem somos, qual seria a lição que poderíamos passar para os filhos?”
“Várias crianças cresceram vendo suas mães saírem para trabalhar e perceberam, desde cedo a importância da autonomia, da independência e do esforço. Uma mãe feliz tem muitas chances de criar filhos mais felizes”.
Mãe sim. Mulher com vida própria também!
Segundo Thaís, a organização é a chave para vários questionamentos. Criar pequenas metas – alcançáveis – também é possível para que, pelo menos um pouco, a mãe tenha um tempo para si, seja uma caminhada no bairro por 15 minutos, hidratação no cabelo durante o banho, psicoterapia ou uma saída mensal com as amigas.
Por mais difícil que seja, a mãe tem que levar em consideração que estar bem de saúde – psicológica e física – faz com os filhos estejam melhores.
“É preciso separar um tempo só pra ela porque a mãe que pode ter um momentinho pra si mesmo está se abrindo para novas possibilidades, está se tratando bem, e consequentemente estará tratando bem seus filhos”, completou.
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