Caso aconteceu em Nova Santa Rosa. Funcionários públicos responderão pelo crime de concussão. Instituto disse repudiar qualquer ato de corrupção e abuso de autoridade. Servidores foram levados para delegacia em Marechal Cândido Rondon (PR)
Fábio Dias/EPR
Dois servidores do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (IPEM-PR) foram presos em flagrante pela Polícia Civil logo após fiscalizarem um posto de gasolina em Nova Santa Rosa, no oeste do estado.
De acordo com o delegado Julio Cesar Kruger, da Polícia Civil de Marechal Cândido Rondon, os dois fiscais cobraram e receberam R$ 400 em propina do dono do posto para não autuarem o estabelecimento. Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
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As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (25) pela corporação.
O delegado explica que, segundo denúncias recebidas pela polícia, “os servidores estariam cometendo algumas irregularidades e exigindo valores em troca da não autuarem os postos de gasolina”.
Porém, novas informações ajudaram a polícia a chegar ao posto logo após a fiscalização dos agentes.
“A Polícia Civil deslocou até o município de Nova Santa Rosa e pôde abordar esses indivíduos enquanto eles estavam deixando o posto de gasolina e também a gente recebeu informações de que o funcionário do posto, proprietário do posto, havia dispendido, havia entrega entregue os valores que os funcionários haviam solicitado para que não fosse autuado”, explica o delegado.
Os dois servidores foram presos pelo crime de concussão, que é a extorsão praticada por funcionário público em razão do cargo que ocupa.
De acordo com o delegado, os dois foram levados à Delegacia de Polícia de Marechal Cândido Rondon e estão à disposição da Justiça.
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Em nota, assinada pelo presidente do órgão, Cesar Mello, o IPEM-PR informou que repudia qualquer ato de corrupção e abuso de autoridade.
“Tão logo a Presidência tomou conhecimento das alegações de abuso de autoridade, contatou as instituições competentes na apuração dos fatos, atuando em cooperação com a Polícia Civil que conduziu uma investigação minuciosa que resultou na prisão em flagrante dos envolvidos”, informa a nota.
O IPEM determinou a abertura de um processo administrativo disciplinar para avaliar as ações dos funcionários e solicitaram o afastamento preliminar dos envolvidos.
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