
A previsão aponta para calor intenso nos próximos três meses em algumas regiões – Foto: Divulgação/Freepik/ND
Santa Catarina enfrentará chuvas irregulares e temperaturas acima da média nos próximos três meses, segundo o Fórum Climático Catarinense. A previsão aponta estiagem prolongada no Grande Oeste e chuva acima da média em outras áreas do estado. O clima também será mais quente do que o habitual. Especialistas alertam para impactos na agricultura e no abastecimento de água.
Previsão aponta períodos de estiagem e chuvas isoladas
O fenômeno El Niño está entrando em fase de neutralidade, o que influencia a distribuição de chuva no estado. Para abril, a expectativa é de chuva abaixo da média no Oeste, enquanto as demais regiões podem registrar volumes dentro, ou acima do esperado. Nos meses seguintes, as chuvas tendem a se aproximar da média histórica, mas ainda com certa irregularidade.
“O trimestre será marcado por mudanças bruscas, alternando entre estiagem e episódios de chuva intensa. É fundamental que a população acompanhe as atualizações meteorológicas”, afirmou a equipe de monitoramento da Defesa Civil do estado.
Calor contínuo e frio de curta duração
Apesar da chegada do outono, as temperaturas seguirão acima do esperado para a estação. Haverá ondas de frio, porém de forma passageira. No mês de abril, geadas podem ser registradas nas áreas mais altas, com maior frequência entre maio e junho.
“A variação térmica pode impactar a saúde e a agricultura, especialmente nas regiões produtoras que dependem de temperaturas estáveis para as colheitas”, destacou o Fórum Climático Catarinense.
Impactos no Litoral e no Oeste
A irregularidade das chuvas também afetará setores essenciais do estado. No litoral, pode prejudicar o turismo e a pesca, enquanto ciclones extratropicais podem provocar ressacas e ondas fortes.
No Oeste, a estiagem continua preocupando. O volume médio esperado é de 130 a 170mm em abril e de 150 a 200mm em maio e junho, valores que podem comprometer o abastecimento de água e a produção agrícola.
“A falta de chuvas regulares pode impactar o plantio e a criação de animais. Precisamos de planejamento para minimizar prejuízos”, alertou a Defesa Civil.

Plantações serão impactadas com a falta de chuvas regulares na região Oeste do estado – Foto: Freepik/Reprodução/ND
Embora o risco de deslizamentos e enxurradas diminua no outono, os alagamentos continuam sendo uma preocupação, especialmente em maio e junho. O monitoramento climático será fundamental para minimizar impactos e garantir que a população esteja preparada para os desafios dos próximos meses.