‘Contamos a história como aconteceu, sem pregação política’, diz Scorsese sobre novo filme ‘Assassinos da Lua das Flores’

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Além de revisitar uma história de violência contra os indígenas americanos, longa marca a primeira vez que o premiado diretor trabalha com dois de seus atores preferidos: Robert De Niro e Leonardo DiCaprio. Novo filme de Martin Scorsese conta história esquecida dos Estados Unidos
Uma disputa de terras ricas em petróleo serve de ponto de partida para o novo filme de Martin Scorsese. Além de revisitar uma história de violência contra os indígenas americanos, “Assassinos da Lua das Flores” marca a primeira vez que o premiado diretor trabalha com dois de seus atores preferidos: Robert De Niro e Leonardo DiCaprio.
“Neste filme, eu trabalhei com o Leonardo DiCaprio, com os indígenas da etnia Osage, e aprendemos sobre os personagens Ernst e Molly. Além disso, tivemos a pandemia e o tempo foi bom para pensar sobre como contar essa história”, conta o diretor e roteirista Martin Scorsese.
Baseado no livro “Assassinos da lua das flores: petróleo, morte e a origem do FBI”, de David Grann, o filme conta a história real da série de assassinatos de membros da tribo Osage nos Estados Unidos no começo do século XX.
Com a descoberta de poços de petróleo em suas terras, o povo Osage – que vivia em Oklahoma, nos EUA – se tornou o grupo mais rico do mundo. O “ouro negro”, como eles chamavam, apareceu em 1897. E, uma década depois, o que era para ser uma fonte de prosperidade virou um problema: um a um, eles passaram a ser exterminados.
No centro da história, está o casal formado pelo protagonista interpretado por DiCaprio e a Osage vivida por Gladstone, herdeira de terras ricas em petróleo, e o poderoso tio do rapaz (De Niro). O filme estreou nesta quinta-feira (19) nos cinemas brasileiros.
“Ao pesquisar os julgamentos, eu percebi que os crimes não eram entre pessoas que se odiavam. Em muitos casos, aconteciam entre pessoas que se amavam, como era o caso da Mollie e do Ernst. E a gente conta como a história de fato aconteceu, sem pregação ou declaração política”, diz Scorsese.
“Os Osage eram considerados incompetentes e não podiam fazer nada sem que alguém autorizasse ou cuidasse dos negócios deles. Eles precisavam de alguém como o meu personagem, o Ernest. Ele cuidava da mulher, e a amava como um marido, mas também tinha seus próprios interesses, com o dinheiro dela. Essa complexidade de sentimentos é mostrada no filme de uma forma muito interessante”, revela DiCaprio.
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