Essa crença é a maior barreira para construir riqueza, diz psicólogo financeiro. Descubra

Chegou oficialmente aquela época do ano em que você finalmente resolve fazer o que estava adiando. E para milhões de americanos, isso significa encarar as finanças de frente.

Se você tem evitado investir no seu plano de previdência privada ou abrir uma conta de corretora de investimentos, não está sozinho. Quase metade dos adultos nos EUA — 48% — relatam não possuir ativos que podem ser facilmente liquidados e investidos ou que já estão em dinheiro, de acordo com uma pesquisa de 2024 da Janus Henderson.

E para muitos, a razão por trás da procrastinação é simples: investir parece (aparentemente) muito complicado.

É um padrão de pensamento que, se não superado, pode prejudicar financeiramente muitos jovens, afirma Amos Nadler, fundador da Prof of Wall Street e Ph.D. em finanças comportamentais e neuroeconomia.

“É um viés que chamamos de ‘aversão à complexidade’”, diz ele. “E é a maior barreira para construir riqueza para pessoas que não estão no mercado ou que nunca investiram antes.”

Eis como esse viés cognitivo pode estar fazendo você perder dinheiro.

A importância de superar a aversão à complexidade

Em um nível muito básico, pessoas que adiam tarefas financeiras essenciais têm os mesmos medos que aquelas que não conseguem começar uma rotina de exercícios — elas não querem cometer um erro ou se sentir tolas.

Assim como alguém pode dizer que não entende como todo aquele equipamento de academia funciona, uma pessoa que evita lidar com dinheiro pode dizer: “‘Cara, isso é demais para mim’”, afirma Nadler. “‘Simplesmente não sou uma pessoa de números.’”

Sentir-se assim em relação ao dinheiro está intimamente ligado a outro viés cognitivo comum conhecido como aversão ao risco. Essencialmente, você não só tem medo de errar, mas também teme perder o dinheiro que se esforçou para acumular. E porque o medo de perder o que você tem pode superar a alegria de construir riqueza, você fica parado.

A reação é: “Trabalhei duro por isso, e sou avesso a riscos. Prefiro apenas ter o dinheiro em mãos”, diz Nadler. “Eu sei que a inflação está corroendo meu dinheiro, mas o mercado é tão volátil, que fico com medo.”

O poder do tempo no mercado financeiro

Mas a necessidade de começar a investir — especialmente entre os jovens — vai além da necessidade de seu dinheiro acompanhar a inflação. Ao procrastinar nesse projeto financeiro específico, você está perdendo o que muitos especialistas chamam de seu ativo mais valioso: o tempo.

Quanto mais tempo você estiver no mercado, mais tempo seu dinheiro terá para crescer a uma taxa composta. Para cada ano que você adia começar no mercado, você potencialmente reduz milhares de reais do seu patrimônio futuro.

Brinque com uma calculadora de juros compostos online, e você provavelmente descobrirá que ficar de fora por até alguns anos pode ter um impacto enorme nos seus ganhos a longo prazo.

Considere uma pessoa de 20 anos que investe R$ 1.000 por mês em um portfólio de aposentadoria que rende um retorno total anualizado de 8%. Quando ela estiver pronta para se aposentar aos 67 anos, terá R$ 6,25 milhões economizados. Se começar aos 25 anos, com todas as outras condições iguais, o total cai para cerca de R$ 4,15 milhões. E se adiar até os 30 anos, ela se aposentaria com R$ 2,74 milhões.

Estratégias para vencer a aversão à complexidade

Então, como começar? Você pode sempre abrir uma conta de investimentos em uma corretora ou financiar por conta própria uma conta de aposentadoria, como uma previdência privada. Fazer isso requer apenas alguns passos simples.

Mas se o seu empregador oferece um plano de aposentadoria no local de trabalho, optar por isso pode ser uma maneira ainda mais fácil de começar. Designe uma porcentagem do seu salário para contribuir com a conta a cada pagamento e selecione um ou mais fundos mútuos para o seu portfólio.

Esses planos geralmente possuem opções de baixo custo e altamente diversificadas, como fundos de índice e fundos com data alvo, que oferecem aos investidores exposição a grandes partes do mercado.

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