‘Faltou uma menção a soluções negociadas junto à comunidade internacional’, diz Lins sobre discurso de Biden

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento nesta quinta-feira (19) anunciando a necessidade de enviar ajuda financeira para Israel e para a Ucrânia. Marcelo Lins: ‘Faltou qualquer menção a soluções negociadas junto à comunidade internacional’
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento nesta quinta-feira (19) anunciando a necessidade de enviar ajuda financeira para Israel e para a Ucrânia. Para Marcelo Lins, faltou no discurso do presidente “qualquer menção a soluções negociadas junto à comunidade internacional”.
“EUA alimentam um certo desprezo pela capacidade da ONU de fazer qualquer coisa”, disse o jornalista da GloboNews.
“O que ele fala são dos aliados dos Estados Unidos, dos aliados na Otan, dos aliados valores americanos, mas não fala na importância de um corpo internacional capaz de ajudar com crises, a evitar guerras, que é a base, a função das nações unidas”, acrescentou.
Segundo o comentarista, esperava-se também uma posição de Biden em relação à fronteira Sul dos Estados Unidos.
“Um discurso mais para o conservador. Ele não mencionou isso, mencionou mais apenas as disputadas entre Democratas e Republicanos, que não deveriam atrapalhar a liberação desse dinheiro a mais para a Ucrânia e Israel também.
O pronunciamento
Joe Biden faz pronunciamento sobre conflito Israel x Hamas
Joe Biden fez um pronunciamento nesta quinta-feira (19) anunciando a necessidade de enviar ajuda financeira para Israel e para a Ucrânia. Durante a fala, Biden fez uma comparação entre o Hamas e o presidente russo, Vladimir Putin. Assista acima.
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Para Biden, o sucesso de Ucrânia e de Israel em seus respectivos conflitos é vital para a segurança nacional dos Estados Unidos.
Desde 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, os Estados Unidos têm enviado ajuda financeira e militar para Kiev, que tenta recuperar o controle sob territórios ocupados pelo exército do russo.
Já em relação a Israel, Biden visitou o país na quarta-feira (18) e se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Os Estados Unidos estão fornecendo suporte militar aos israelenses, que travam uma guerra contra o grupo terrorista Hamas.
Durante o pronunciamento, que durou cerca de 15 minutos, Biden afirmou que o mundo vive um ponto de inflexão histórico e, ao citar Israel, disse que os Estados Unidos também estão comprometidos com o povo palestino.
“Os palestinos inocentes querem apenas viver em paz e ter dignidade. (…) O Hamas não representa o povo palestino.”
Além disso, o democrata afirmou que é necessário insistir na garantia da existência de dois Estados para que palestinos e israelenses vivam em paz. Na sequência, Biden fez uma ligação entre o conflito no Oriente Médio e a guerra na Ucrânia.
“Hamas e Putin são diferentes, mas têm isso em comum: ambos querem aniquilar democracias vizinhas”, disse.
O presidente norte-americano comunicou que, diante disso, enviará na sexta-feira (20) um pacote inédito e urgente para o Congresso Nacional, requisitando a aprovação de gastos e envio de ajuda para países aliados.
“Não podemos só observar quando há antissemitismo ou islamofobia”, disse Biden. “Devo dizer que somos todos norte-americanos. Não podemos viver com medo.”
Entenda a urgência e a demora para entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza
A agência Reuters informou que Biden deseja enviar ao Congresso uma proposta para autorizar o envio de US$ 60 bilhões (R$ 303 bilhões) para a Ucrânia e de US$ 14 bilhões (R$ 70 bilhões) para Israel.
O democrata também quer que o Congresso aprove investimentos no valor de US$ 10 bilhões para ajuda humanitária, US$ 14 bilhões para segurança de fronteira e US$ 7 bilhões para países do Indo-Pacífico.
“Os Estados Unidos ainda são um farol para o mundo”, disse Biden, encerrando o comunicado à Nação. “Somos os EUA, e não há nada além da nossa capacidade se nós fizermos juntos.”
Marcelo Lins, GloboNews
Reprodução/GloboNews
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