Sabesp deve investir R$ 60 bi até 2029 com foco em universalização do saneamento básico

A Sabesp, companhia paulista de saneamento, projeta investimentos na ordem de R$ 60 bilhões até 2029, com o objetivo de levar água tratada e esgoto a áreas vulneráveis e ampliar o acesso a infraestrutura básica no estado de São Paulo. Em entrevista exclusiva à BM&C News durante o Fórum de Infraestrutura do LIDE, o presidente da Sabesp, André Salcedo, destacou o impacto social e ambiental desse aporte que, segundo ele, deve beneficiar cerca de 10 milhões de pessoas e consolidar o papel da companhia no desenvolvimento sustentável do país.

Em meio à comemoração de seus 51 anos, é possível traçar um paralelo entre o plano da Sabesp e o icônico “50 anos em 5” de Juscelino Kubitschek, que acelerou o desenvolvimento econômico do Brasil. O objetivo da companhia é implementar, em cinco anos, um avanço em infraestrutura e serviços que resuma os últimos 50 anos da empresa, impulsionado pelo Marco do Saneamento e o compromisso com a universalização dos serviços.

“Eu fiz muito uma comparação com o JK, naquele plano de metas, porque a Sabesp quer realizar um avanço em 5 anos que fizemos em 50. Esse é o tamanho do investimento necessário para a universalização”, disse, complementando que “esses 60 e poucos bilhões de reais são os investimentos em redes lineares, estação de tratamento de esgoto, é um valor indicativo à medida que for se executando os investimentos”.

O presidente da Sabesp, André Salcedo, ao lado de Alex André, da MSX investimentos

Ele explicou que a privatização da empresa foi desenhada para fortalecer a universalização do saneamento, especialmente em áreas de baixa cobertura. A Sabesp adota um modelo de regulação por base de ativos, garantindo que os investimentos alcancem regiões com menor infraestrutura e maiores necessidades de saneamento.

Salcedo apontou também que a expansão do saneamento básico gera efeitos econômicos significativos, refletindo diretamente na saúde pública e na produtividade da população. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada R$ 1 investido em saneamento, o país economiza R$ 5,50 em custos de saúde e aumenta a produtividade dos trabalhadores. Salcedo reforçou a relevância desse investimento ao afirmar que o acesso a água tratada e saneamento básico é um direito fundamental, além de ser essencial para o desenvolvimento das comunidades menos favorecidas.

“O Estado deixa de gastar com outras coisas. É um aumento da produtividade, porque uma mãe ou um pai que tem um filho doente não pode ir para o trabalho”, comentou Salcedo.

Os próximos passos da Sabesp incluem aumentar os investimentos anuais em saneamento, que passaram de R$ 5 bilhões em 2022 para R$ 6,5 bilhões em 2023, com uma meta de alcançar R$ 10 bilhões em 2025. Segundo Salcedo, além do impacto direto na saúde e no meio ambiente, a Sabesp está comprometida em melhorar a qualidade dos mananciais e, com isso, reduzir o custo de tratamento da água e promover um ambiente urbano mais saudável e sustentável.

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