Promotoria de Justiça recomenda adequações nas redes de ensino estadual e municipal de Alenquer e Curuá


Foram expedidas 4 recomendações pelo Promotor de Justiça de Alenquer, Daniel Mondego Figueiredo. Promotoria de Justiça expede quatro recomendações para adequação das redes de ensino estadual e municipal de Alenquer e Curuá
Ascom MPPA
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) por meio do Promotor de Justiça de Alenquer, Daniel Mondego Figueiredo, expediu, na última quarta-feira (23), quatro recomendações (n° 12, 13, 15 e 16) destinadas aos gestores públicos dos municípios de Alenquer e Curuá, no oeste do Pará, assim como aos gestores estaduais do Pará, solicitando a adoção de providências na adequação de escolas das redes municipal e estadual de ensino.
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Os documentos foram originados com base no Procedimento Administrativo SAJ 09.2024.00004419-0, que tem como objetivo acompanhar e fiscalizar as políticas públicas de educação nas escolas das comarcas de Alenquer e Curuá. A Recomendação nº 12, direcionada ao Prefeito Municipal e ao Secretário Municipal de Educação de Alenquer, foi expedida após Análise Técnica n° 743/2024 realizada pelo Grupo de Apoio Técnico-Interdisciplinar (GATI/MPPA) na Escola de Ensino Infantil e Fundamental Professora Ferdelícia Ferreira.
Na ocasião, foram apontadas irregularidades no processo de acondicionamento de alimentos, bem como vazamento nas instalações hidráulicas do prédio, o que representa risco de vida aos estudantes. Além disso, foi apontado que o Projeto Político Pedagógico da referida escola encontra-se desatualizado, o que prejudicaria a didática da rede de ensino.
Do mesmo modo, a Recomendação nº 15, expedida ao Prefeito Municipal e ao Secretário Municipal de Educação de Curuá, foi documentada após Análises Técnicas (n° 738/2024 e nº 740/2024) realizadas nas Escola Ismael Chaves e Escola São Raimundo Nonato, também vinculadas à rede municipal de educação.
Na oportunidade, foram apontadas irregularidades estruturais referentes ao acondicionamento dos alimentos, bem como ausência de sala de leitura, sala de professores, sala de direção e coordenação pedagógica. Também foi apontado que os banheiros encontram-se inutilizáveis, visto que não consta material de higiene como papel higiênico, bem como a existência de pias sem torneiras e sanitários danificados, ausência de refeitório e de irregularidade nos padrões de acessibilidade dos prédios.
Já as Recomendações nº 13 e nº 16 foram direcionadas ao Governo do Estado e ao Secretário Estadual de Educação do Pará, após as análises técnicas n° 742/2024 e 656/2024, promovidas pelo GATI. Na ocasião, foram elencadas irregularidades em duas escolas da rede estadual de educação: Escola de Ensino Fundamental e Médio Santo Antônio, localizada no município de Alenquer; e Escola de Ensino Médio Soraya Marques Chayb, localizada no município de Curuá.
Segundo os documentos, as escolas não possuem adaptação arquitetônica acessível aos alunos, e a mobília encontra-se defasada, além de insuficiência de banheiros para funcionários, com material de higiene e limpeza escassos, e diversos livros espalhados pelo prédio por falta de espaço para armazenamento.
As recomendações objetivam encontrar soluções extrajudiciais aos problemas estruturais e organizacionais encontrados nas visitas técnicas realizadas nas unidades de ensino.
Na hipótese de omissão dos gestores, a Promotoria de Justiça de Alenquer poderá acionar a Justiça para garantir a qualidade da relação de ensino-aprendizagem e a efetiva concretude do direito fundamental à educação dos estudantes.
O g1 solicitou nota de posicionamento das duas prefeitura e aguarda retorno.
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