Cantora Pepita recebe ataques transfóbicos nas redes sociais após participar de comercial de Dia das Mães

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Uma das agressoras chegou a dizer que a campanha ‘é um escárnio contra mulheres’. A advogada de Pepita informou ao g1 que vai registrar a denúncia na delegacia especializada no combate a crimes cibernéticos em SP. Pepita sofre transfobia nas redes sociais.
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A cantora Priscila Nogueira, conhecida como Pepita, passou a receber comentários transfóbicos após participar de uma campanha de Dia das Mães para uma marca de cosméticos .
Procurada pelo g1, a advogada da cantora, Regina Manssu, informou que fará uma denúncia sobre o caso em uma delegacia especializada no combate a crimes cibernéticos em São Paulo.
O vídeo foi postado na página pessoal da cantora, no Instagram, no dia 6 de maio. Nele, ela aparece dando banho no filho Lucca Antonio, de 1 ano, com produtos da marca Natura. Lucca é filho de Pepita com o marido Kayque Nogueira. Segundo a advogada do casal, o processo de adoção da criança está em andamento.
Pepita tem mais de 2 milhões de seguidores na rede social.
Entre os comentários, uma agressora escreveu que a campanha “é um escárnio contra mulheres”. Uma outra agressora chamou a cantora Pepita de “homem vestido de mulher”. Transfobia e homofobia são crime no Brasil.
A criminalização foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão de junho de 2019. Por 8 votos a 3, os ministros consideraram que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais passariam a ser enquadrados no crime de racismo.
Pepita participou de uma campanha de Dia das Mães com o filho.
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A criminalização da homofobia e transfobia prevê que:
“praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser considerado crime;
a pena será de um a três anos, além de multa;
se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;
e a aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema.
Em suas redes, Pepita publicou uma imagem com a família com a legenda: minha família sempre será resistência!
“Uma situação bem delicada, Priscila ficou bem ferida. Hoje estamos mais fortes, mas decidimos ir até o fim dessa vez”, disse Kayque Nogueira ao g1.
Segundo a advogada, após registrar a queixa na delegacia especializada, o caso segue para o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que vai decidir se aceita ou não a denúncia. “É inadmissível. A sociedade não aceita mais isso. Esse caso da Pepita é um exemplo para que as pessoas saibam que têm limites”.
Manssu explicou que quem reproduzir o conteúdo transfóbico também pode ser autuado.
O g1 procurou a empresa Natura para se manifestar sobre o caso e aguarda nota.

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