Justiça dos EUA acusa Donald Trump formalmente pela 4ª vez

Desta vez, ex-presidente é acusado de tentar alterar o resultado das eleições de 2020 por meio do estado da Geórgia. Outras nove pessoas também foram formalmente acusadas. Donald Trump em 30 de junho de 2023
Matt Rourke/AP
A Justiça dos Estados Unidos acusou formalmente o ex-presidente Donald Trump, nesta segunda-feira (14), por tentativa de alterar os resultados das eleições de 2020 por meio do estado da Geórgia. Esta é a quarta acusação formal contra Trump.
A investigação que levou às acusações começou em fevereiro de 2021, após o vazamento do áudio de um telefonema entre Trump e Brad Raffensperger, secretário da Geórgia e principal funcionário eleitoral do estado.
Na ligação, o ex-presidente pediu a Raffensperger que encontrasse cerca de 12 mil cédulas com votos em seu nome, o que seria necessário para que ele ganhasse as eleições na Geórgia e levasse os 16 delegados do estado.
Nos Estados Unidos, cada estado tem um peso diferente na composição dos votos presidenciais, sendo que a eleição final é feita por um Colégio Eleitoral formado por delegados.
Pela tradição, os delegados que participam do Colégio Eleitoral votam no candidato que teve a maioria dos votos no estado ao qual representam. São necessários 270 delegados para vencer as eleições. Em 2020, Joe Biden teve 306, enquanto Trump, 232.
Liderada pela promotora Fani Willis, a apuração também investigou outras possíveis intromissões do ex-presidente nas eleições na Geórgia, além de supostas contribuições de seus apoiadores. Ao todo, dez pessoas foram acusadas formalmente, incluindo Trump.
A campanha de Donald Trump divulgou uma nota momentos antes da acusação ser confirmada pela Justiça dos EUA. No comunicado, o ex-presidente acusa a procuradora de tentar interferir na corrida presidencial de 2024.
O ex-presidente classifica as investigações e, também, os dois impeachments que sofreu na Câmara dos Deputados como uma “caça às bruxas”.
Outros processos
Trump enfrenta outros três processos na Justiça americana:
Ele é réu por ter levado para casa documentos sigilosos.
Na Justiça de Nova York, ele enfrenta um processo ligado à compra de silêncio de uma atriz pornô durante as eleições de 2016.
Ele é acusado de tentar reverter os resultados das eleições de 2020 e pelo ataque ao Capitólio.
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