Motorista acusado de causar acidente que matou patinadora do Palmeiras e feriu nove na Zona Sul de SP se torna réu por homicídio

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Homem de 29 anos dirigia o carro, onde estava a atleta, que bateu com outro veículo, em 2021. Testemunhas afirmam que ele tinha bebido e tomado um remédio para causar ‘efeito de cocaína’ e teve alucinações a 180 km/h quando teria avançado em semáforo fechado. Patinadora do Palmeiras morta em acidente em SP
Reprodução/Instagram
O corretor de imóveis Bruno Indalécio se tornou réu na terça-feira (9) pela morte da patinadora do Palmeiras Maria Fernanda Diaz e mais nove tentativas de homicídio. O homem, de 29 anos, dirigia o carro onde estava a atleta que bateu em outro veículo na Avenida Roberto Marinho, na Zona Sul de São Paulo, em setembro de 2021.
Em março deste ano, na fase de inquérito policial, Bruno foi indiciado pelo 27º Distrito Policial por homicídio doloso, com intenção de matar, e homicídio doloso tentado contra as outras nove vítimas que sobreviveram.
O Ministério Público ofereceu a denúncia e a Justiça deu seguimento ao processo, que corre pela 1ª Vara do Júri de São Paulo.
Uma sobrevivente do carro atingido está com cegueira irreversível em um dos olhos, fratura na bacia e tornozelo. Outras duas vítimas têm fraturas dentárias e deformidade.
Relembre o caso
Acidente foi registrado em São Paulo em 2021
Reprodução
A mãe da atleta disse à polícia que a vítima saiu de casa para ir a uma festa de aniversário e que deveria retornar por volta das 22h30, mas Maria avisou depois que ia se encontrar com amigos em um bar. A mãe foi avisada por um policial, de madrugada, sobre a morte da jovem.
Segundo apurado pelo g1, um sobrevivente que estava no carro de Bruno contou à polícia que os dois compraram juntos cerca de 50 latas de cervejas, e beberam na casa do réu horas antes do acidente. Segundo o relato do rapaz, Bruno tomou cerca de dez latinhas e consumiu um comprimido de tarja preta para causar um “efeito de cocaína”.
Em seguida, outro jovem chegou ao apartamento, se juntou aos amigos, e Bruno bebeu mais cervejas com o medicamento. Bruno foi quem teria dado a ideia de todos saírem de carro pelas ruas da capital paulista.
Na região da Vila Madalena, ainda segundo o relato, o grupo estacionou e conheceu três meninas, sendo uma delas a atleta Maria Fernanda Diaz. As três entraram no carro e todos iriam à casa de Bruno.
O motorista, conforme o colega, durante o trajeto passou a ter alucinações de que viaturas estariam os seguindo, chegou a 200 km/h na Marginal Tietê e entrou na Avenida Roberto Marinho, na Zona Sul, em alta velocidade.
O rapaz detalhou até manobras perigosas como “cavalo de pau” para despistar a polícia. Quando o velocímetro estaria em cerca de 180 km/h depois de passar por semáforos fechados, o carro bateu em outro veículo com quatro pessoas.
A atleta morreu ainda no local e todos os outros, inclusive Bruno, foram levados para hospitais em estado grave.
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O que disse o motorista
Bruno foi interrogado em março deste, ano no 27º DP. Ele negou que estava em alta velocidade no momento do acidente e que as pessoas atrás “faziam algazarra”.
Segundo apurado pelo g1, ele alegou que trata um transtorno de personalidade e faz uso de medicamentos controlados. Negou que fazia o uso do medicamento citado pelo amigo, que não consome bebida alcoólica ou drogas, pois se dedicava ao fisiculturismo.
Um boletim de ocorrência de setembro de 2021 registrou que Bruno fugiu do Hospital São Luís, na Zona Sul.
À polícia, ele contou que saiu da internação antes da alta médica porque “estava se sentindo incomodado” ao saber que poderia ser transferido a uma clínica de reabilitação. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

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