Frank Miller fala de infância, relação com HQs, Batman e documentário sobre sua vida durante evento em João Pessoa

Imagineland acontece na capital paraibana entre sexta-feira (28) e domingo (30) e reúbe público apaixonado por cultura pop. Frank Miller, autor e quadrinista
Imagineland/Divulgação
O escritor e quadrinista estadunidense Frank Miller falou sobre sua relação com as HQs e explicou que a paixão se iniciou quando ele tinha cinco anos de idade. De acordo com o artista, foi naquela época que ele disse para a sua mãe que “gostaria de ler quadrinhos para a vida toda”. Fez mais do que isso, e se tornou um dos mais reconhecidos autores desse tipo de publicação no mundo, responsável por revolucionar a imagem do personagem Batman entre o público.
As declarações foram dadas durante um painel que ele participou na noite desta sexta-feira (28), em João Pessoa, durante o Imagineland, evento de cultura pop que vai até domingo (30).
Sobre o Batman, a propósito, o autor de “O Cavaleiro das Trevas” minimizou a ideia alardeada durante o painel de que ele seria a coluna vertebral do personagem como ele é conhecido hoje. “Eu apareci e fiz a minha versão”, pontuou.
O autor falou, no entanto, sobre como se deu a inspiração para aquele que ficou conhecido como um de seus trabalhos mais conhecidos: “Eu estava há poucos meses de completar 30 anos e a perspectiva de chegar a essa idade e me tornar mais velho que o Batman me apavorava. Então eu criei um Batman tão velho que eu jamais poderia alcançar a sua idade. E por isso ele tem 50 anos”, concluiu, brincando.
Miller falou ainda sobre a sua arte e disse que o importante é saber como as coisas funcionam, é prestar atenção à natureza humana. “Se você não sabe como o corpo humano funciona, não vai saber desenhar e os personagens terão músculos e curvas erradas, como mutantes radioativos”, resumiu.
Assim, ele destacou que a observação é importante para quem trabalha com HQs. “É preciso escutar, mais do que tudo. Prestar atenção a como as pessoas falam e estudar como elas se comportam. Não é uma missão simples ou fácil”, completou.
Retornando a falar da infância, ele disse que no interior onde morava, as HQs era a forma possível para um garoto contar histórias. “Desenhando, utilizando lápis e papel”.
Primeiro dia do Imagineland, em João Pessoa; VEJA FOTOS
Documentário sobre Frank Miller
No mesmo painel em que estava Frank Miller, estava presente também a produtora Silenn Thomas, responsável pelo documentário American Genius, que revisita a vida e a carreira de Miller.
Ambos, inclusive, falaram sobre a obra e sobre o processo de criação do documentário. “Foi uma experiência estranha. Quando soube do projeto, eu disse que não me sentia um personagem ideal para um documentário, mas que queria fazê-lo. Eu não quis esconder nada”, explicou Frank Miller.
“Foi um aprendizado épico. Tive um acesso muito generoso ao trabalho de Frank e foi uma honra” acrescentou Thomas.
Frank Miller ao lado de Silenn Thomas, produtora de documentário sobre o artista
Imagineland/Divulgação
Vídeos mais assistidos da Paraíba

Adicionar aos favoritos o Link permanente.