Chuvas enchem reservatórios mas causam danos no norte de MG

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Em Montes Claros, já choveu neste mês 277 milímetros, o dobro da média esperada para fevereiro. Em Botumirim, a forte chuva arrastou um animal
Reprodução
Depois de enfrentar a pior seca da última década, o norte de Minas Gerais, agora, tem problemas com as fortes chuvas dos últimos dias.
Nesse distrito de Várzea da Palma, no norte de Minas, os moradores ficaram ilhados.
“Impossível da gente sair, tem criança e idoso dentro de casa. Estamos aqui sem saber o que a gente faz.”, conta uma moradora em vídeo publicado nas redes sociais.
Na Rodovia Estadual 122, que corta a região, uma ponte foi tomada pelo Rio Caititu. Quando a água baixou, uma cratera se abriu, fazendo com que o Departamento de Estradas de Rodagens interditasse a estrada.
A cheia do Rio Itacambiraçu, em Botumirim, arrastou um animal.
Na safra 2023/2024, na pior seca dos últimos dez anos, o norte de Minas perdeu 90% das plantações.
Em uma propriedade em Montes Claros, depois dos prejuízos por causa da estiagem, o proprietário resolveu replantar o sorgo forrageiro, mas teve mais um prejuízo: cerca de quatro hectares do grão foram perdidos, dessa vez por causa do excesso de chuva.
“Ser produtor aqui hoje, enfrentando os longos meses de seca, com pouca chuva, e quando a chuva vem, o volume de chuva é de uma vez… Não é aquela chuva moderada… Fica complicado”. Afirma o produtor Roberto Silva.
A chuva que trouxe danos também tem ajudado a encher os reservatórios. Na cidade de Bocaiúva, que declarou situação de emergência por causa da estiagem no fim do ano passado, e estava com dificuldade para abastecer o município, a barragem está cheia, com 25 milhões de litros de água.
Em Montes Claros, já choveu neste mês 277 milímetros, mais que o dobro da média esperada para fevereiro. O principal reservatório do município atingiu 100% da capacidade.
“Ao longo dos próximos dois ou três anos, teremos uma condição de segurança de ter uma disponibilidade que vai assegurar, com muita responsabilidade, fazer com que a gente consiga distribuir essa água e atender Montes Claros com seu crescimento cotidiano, mas com segurança hídrica pra toda a cidade “, afirma Rômulo Souza Lima, gerente regional da Copasa.

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