Família de professor que morreu ao ser atingido por árvore na Lapa vai processar a Prefeitura

Rosilente Veloso Costa, que é tia de Renato Veloso Costa Júnior, pretende entrar com uma ação cível contra o órgão. Um tio do Maranhão veio fazer a liberação e translado do corpo. Corpo do professor atingido por árvore na Lapa será levado para o Maranhão
A família do professor Renato Veloso Costa Júnior, de 27 anos, que morreu após ser atingido por uma árvore, na quarta-feira (7), na Lapa, na Zona Central do Rio, vai entrar com uma ação cível contra a Prefeitura do Rio pelo acidente que matou o professor.
A tia de Renato, Rosilene Veloso Costa – que é do Maranhão p, contratou o advogado Jairo Magalhães, para representar a família aqui no Rio de Janeiro na ação.
“A família acredita que, se o trabalho da Prefeitura tivesse sido feito adequadamente, essa situação não teria acontecido. Vamos ingressar com uma ação, que não vai trazer o Renato de volta, mas vai alertar os órgão públicos para a correta manutenção da cidade”, disse Jairo ao g1.
Nesta quarta-feira (14), um tio de Renato esteve no IML para fazer a liberação do corpo do professor, que será levado para o Maranhão.
O corpo da vítima ficou uma semana no IML porque Renato não estava com documentos de identificação, nem com o celular, na hora do acidente. Ele havia saído para passear com seu cachorro perto de sua casa no dia em que a árvore caiu em cima dele.
Renato Veloso Costa Júnior, de 27 anos, morreu após ser atingido por uma árvore na Lapa, na Zona Central do Rio
Reprodução
Renato era natural do Maranhão, mas morava sozinho aqui no Rio de Janeiro. Ele era coordenador de Odontologia da Faculdade Univeritas, localizada no Flamengo, na Zona Sul do Rio.
“Depois que meu filho teve essa fatalidade que ele sofreu, eu vi tanto carinho dos alunos, dos professores, da própria faculdade que nos deu a maior atenção. Consegui levar translado do corpo do meu filho… só tenho a agradecer”, disse o tio Dassiano Costa Neto, que criou Renato.
Renato Veloso Costa Júnior, de 27 anos, morreu após ser atingido por uma árvore na Lapa, na Zona Central do Rio
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Estudantes de Renato contam que estranharam o seu sumiço — pois ele era ativo nas redes sociais — e suspeitaram o motivo pelo qual ele não respondia as mensagens.
“A gente se falava duas, três vezes por dia. Fiquei o final de semana mandando mensagem porque eu falei: bom aconteceu alguma coisa. E aí começou a desconfiança de tudo. Deu segunda-feira, bateu o desespero. Alguns alunos me mandavam mensagem no Instagram e o pessoal da faculdade foi lá averiguar. O Renato não falta trabalho e os compromissos dele de forma alguma”, desabafa Priscila Reis, amiga de Renato.
O cachorro de Renato ficou com uma pessoa que estava em um bar próximo ao local do acidente, mas agora ficará sob os cuidados da família do professor.
De acordo com a Comlurb, até o momento já são mais de 15 mil chamados pro 1746 para solicitar poda de árvores. A empresa afirma que dispõe de um corpo profissional de engenheiros florestais e agrônomos que fazem a vistoria técnica, e que qualquer serviço só é autorizado depois que essa vistoria acontece.
Árvore cai na Lapa
Reprodução
Sobre o acidente
O acidente aconteceu perto da esquina das ruas Gomes Freire e Rua Mem de Sá, pouco depois das 22h. Renato foi encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, também no Centro, com ferimentos e sangrando.
Agentes da Comlurb usaram serras elétricas para desobstruir a rua, que foi isolada para a retirada da árvore.
Árvore cai na Lapa
Reprodução/TV Globo