O príncipe Harry chegou, nesta terça-feira (6), a um tribunal de Londres para falar sobre processo contra um jornal sensacionalista, tornando-se o primeiro integrante da família real britânica a depor na Justiça em mais de um século.
Os jornais britânicos esperavam que o filho caçula do rei Charles III, de 38 anos, comparecesse na segunda (5) à audiência do julgamento contra o Mirror Group Newspapers (MGN), editor do jornal Mirror e da revista Sunday People, entre outras publicações.
Jornalistas e fotógrafos aguardavam por ele desde o início da manhã na entrada da Alta Corte de Londres.
Seu advogado, David Sherborne, informou, no entanto, que ele só compareceria para depor nesta terça, pois estava comemorando o segundo aniversário de sua filha, na Califórnia, e não chegaria ao Reino Unido antes da noite de domingo.
O juiz Timothy Fancourt se declarou “um pouco surpreso” com o anúncio, e o advogado do MGN, Andrew Green, “profundamente perturbado”, pela ausência de Harry, o qual disse querer interrogar durante um dia e meio.
A última vez que o duque de Sussex esteve no país foi na cerimônia de coroação do pai, em 6 de maio. Ele compareceu ao evento sem a mulher, a atriz americana Meghan Markle, e depois voltou imediatamente para os Estados Unidos, onde o casal reside desde 2020.
Harry e outras celebridades acusam a MGN de coletar informações sobre eles de forma ilegal, incluindo invasão do telefone.
Esta terça marcará a primeira declaração de um membro da realeza britânica em um tribunal desde Edward VII, por ocasião de um julgamento por difamação em 1890, antes de se tornar monarca.
Harry, que abalou a monarquia britânica quando ele e Meghan anunciaram, há mais de três anos, que estavam deixando a instituição, tem outros processos abertos contra a imprensa em seu país.
Entre os motivos para deixar o Reino Unido, o casal citou a pressão insuportável da mídia e ataques racistas à atriz.
Harry, quinto na linha de sucessão ao trono, e sua esposa mantêm relações muito tensas com a imprensa.
Há algumas semanas, ambos relataram que sofreram uma perseguição de carro “quase catastrófica” por parte de paparazzi nas ruas de Nova York.
As autoridades locais minimizaram o episódio, que lembrou o acidente de trânsito de 1997, em Paris, que matou a mãe de Harry, a princesa Diana, enquanto era perseguido por fotógrafos.
Harry chega para testemunhar em tribunal em Londres
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