Justiça considera greve de servidores de Florianópolis ilegal e ordena ‘restabelecimento dos serviços’

Categoria pede cumprimento dos planos de carreira, valorização salarial e outras demandas. Município afirmou que as negociações estavam abertas com proposta de “aumento real de salário”. Grevistas se reuniram em frente à Câmara Municipal de Florianópolis nesta quarta-feira
André Lux/NSC
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina considerou ilegal a greve servidores municipais de Florianópolis, que começou nesta quarta-feira (31). Com a decisão, segundo o órgão, “a prefeitura pode descontar dias parados de servidores que não estiverem trabalhando”.
Os profissionais reivindicam por valorização salarial e a não privatização dos serviços municipais (veja mais abaixo).
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Em nota, o TJSC informou que determinou o “imediato restabelecimento integral dos serviços públicos municipais”.
Na decisão, o juiz Sérgio Roberto Baasch Luz ordenau também que os sindicalistas mantenham distância de qualquer imóvel público. O descumprimento acarretará em multa diária de R$ 100 mil.
Medidas como contratação de profissionais temporários na saúde e antecipação das férias escolares na educação podem ocorrer, de acordo com a Justiça.
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Greve
A decisão de greve ocorreu em assembleia na terça-feira (30) com a presença de cerca de 5 mil pessoas, após uma rodada de acordo frustrada, segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sitrasem).
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Sitrasem/ Divulgação
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Além da valorização salarial e a não privatização dos serviços municipais, a categoria pede cumprimento dos planos de carreira e outras demandas:
“O governo Topázio não apresentou uma resposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores, além de negar avanços e investimentos para a melhoria o serviço público de Florianópolis”, destaca nota do Sitrasem.
O município disse que as negociações estavam abertas com proposta de “aumento real de salário”, que os movimentos de greve são “considerados ilegais pela justiça”, e, por isso, vai acioná-la.
“Além disso, o município ofereceu mais uma gratificação aos auxiliares de sala, grande massa de trabalhadores da educação, o que resultaria em um aumento total de 17% no salário”, diz texto da administração municipal.
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