Duailibi: votação da MP que reorganiza ministérios é ‘crítica’ para o governo, que ‘não tem força’ no Congresso

A MP perde a validade em dois dias e, se não for aprovada, ministérios criados por Lula deixam de existir. A medida chegou a entrar na pauta da Casa nesta terça (30), mas não foi votada. Veja a análise da comentarista Julia Duailibi. Duailibi: aprovação da MP que reorganiza ministérios é ‘crítica’ para o governo
A Câmara dos Deputados empurrou para esta quarta-feira (31) a votação da medida provisória que reorganiza os ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para a Julia Duailibi essa votação é crítica para o governo, que não tem força no Congresso.
“Precisa ser votada, só que o governo não tem força, por causa da divergência entre o que o Executivo quer e como é hoje esse Congresso conservador. Além da dificuldade de fazer valer também as ferramentas que o governo tem, que são emendas e cargos. O governo está patinando nisso”, analisa.
A MP, editada por Lula em janeiro, criou novos ministérios e redistribuiu órgãos e atribuições entre as pastas. Se não for aprovada em 120 dias pelo Congresso Nacional, ministérios criados por Lula deixam de existir.
“A questão da organização dos ministérios é crítica, porque se não vota a medida provisória, se você não a converte numa lei, volta a valer o que era antes, e o que era antes? O governo Bolsonaro”, explica a comentarista.
“Imagine, são 31 ministérios, mais seis órgãos que têm status de ministério. No governo Bolsonaro eram 17”, completa.
A comentarista também afirma que o governo deve aceitar a medida do jeito que vier do Congresso, devido ao tempo curto tramitação.
“Acho que vai ter uma dificuldade muito grande aí, e o governo vai ter que topar da maneira como está no Congresso, não vai poder mexer uma vírgula, porque, se mexer, não dá tempo. Vai dormir e acordar no governo Bolsonaro”, diz.

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