Servidora relata falta de insumos e remédios no Dona Regina: ‘Aventais descartáveis a gente tem que reutilizar’

Para resolver problema, governo anunciou que construção da nova maternidade do estado terá parceria público-privada. Obra da nova Maternidade Dona Regina terá parceria público-privada
O Hospital e Maternidade Dona Regina, o maior unidade especializada em atender gestantes e crianças, enfrenta diversos problema e isso vem ocorrendo ao longo das gestões. Com uma média anual de seis mil partos realizados, faltam coisas básicas para o dia a dia, segundo relatos de servidores, como medicamentos e materiais usados pelos profissionais.
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“Medicações como dipirona, cafeína que são as medicações para neonatal. Insumos também, aventais, capotes, que são descartáveis e a gente tem que reutilizar. Pega no início do plantão e tem que reaproveitar até o final do plantão porque não pode gastar. É caixa de luvas, toucas. É tudo reduzido”, disse uma técnica de enfermagem que não quis se identificar.
Por ano são seis mil partos e 30 mil atendimentos. Mas falhas na estrutura foram apontadas em várias ações judiciais nos últimos anos. O prédio atual do hospital funciona de forma improvisada, já que o local era um hotel. O Corpo de Bombeiros chegou a detectar problemas na estrutura, que segundo eles, não atende as normas de segurança.
Hospital Dona Regina, em Palmas
TV Anhanguera/Reprodução
Para resolver os problemas, o governo do estado disse que vai privatizar o Hospital Dona Regina com a construção de uma nova unidade em uma parceria público-privada. O anúncio aconteceu em uma audiência pública realizada no Palácio Araguaia nesta quarta-feira (24). A licitação está prevista para sair este ano.
“Esse projeto foi estruturado e agora ele tramita para análise da CGE, da Procuradoria Geral do Estado e também do Tribunal de Contas. Então quando essas etapas estiverem concluídas setá possível fazer essa licitação”, explicou Eliane Grosman secretária executiva de Parcerias e Investimentos.
O novo prédio será construído no plano diretor sul da capital. Aobra terá 24 mil metros quadrados, seis vezes maior que o espaço do Dona Regina. A concessão da maternidade para a iniciativa privada será de 30 anos, com um investimento de R$ 461 milhões ao longo de 30 anos.
“Nós estamos com a consulta pública aberta, todos esses estudos, os documentos editalícios estão disponíveis no sítio eletrônico da Secretaria de Parcerias e Investimentos, tem o formulário lá em que as pessoas querendo, podem contribuir, tirar dúvidas, dar sugestões”, complementou a secretária executiva, sobre o andamento do projeto.
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Explicação
Sobre os relatos de falta de medicamentos, insumos e outros materiais, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que as unidades geridas pelo estado estão abastecidas, mas que as faltas pontuais são resultado da falta de matéria-prima e que por isso, há atraso na entrega por parte dos fornecedores.
Veja a nota na íntegra
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que todas as unidades hospitalares estaduais estão abastecidas de medicamentos e insumos necessários para os atendimentos de rotina.
A Pasta esclarece que as dificuldades de manter os estoques regulares é um cenário nacional, devido a falta de matéria prima e, por isso, algumas faltas pontuais, por atraso na entrega por parte dos fornecedores, são substituídas por similares, sem comprometer a assistência à população.
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