Após apenas duas reuniões entre a equipe de governo e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma as negociações foram dadas por encerradas. A categoria pedia 14 por cento de reposição e a administração fixou em 2,46 por cento. A enorme diferença não deu espaço para mais diálogo. O governo mandou a sua proposta à avaliação da Câmara de Vereadores que a rejeitou por unanimidade. A dúvida é como fica agora.
Os servidores lotaram a Câmara de Vereadores para assistir a derrubada da lei que concede apenas 4,36 por cento de reajuste aos salários da categoria. – Foto: Debora Pavanatti
Sem base legal a folha de maio deve ser feita com a mesma base do salário de abril. Afora isso algumas vantagens como abonos e outros penduricalhos também ficam sem amparo legal, logo, não podem ser pagos.
A diferença nos vencimentos de setores do serviço público municipal de Criciúma devem ser os previstos em três projetos aprovados pela Câmara, o do vale alimentação, da bolsa estágio e o salário dos agentes comunitários de saúde.
O sindicato anuncia para o final da tarde desta terça-feira (23) uma assembleia geral a fim de discutir os próximos movimentos. Nesta segunda-feira parte da categoria parou, mas a adesão não parece ter sido satisfatória.
Servidores cruzaram os braços e impediram as máquinas da prefeitura de saírem do pátio. – Foto: Morgana Salvador
O fato intrigante é que além de endurecer na negociação com os servidores o governo teria solicitado para que a base de apoio votasse pela rejeição da proposta, o que de fato aconteceu. A dúvida é sobre onde está o ponto estratégico do governo.