Texas aprova projeto de lei que proíbe tratamentos transgênero para menores

Para se tornar lei, o governador republicano Greg Abbott deve assinar o texto. Estado segue decisão similar que ocorreu na Flórida nesta semana. Homem carrega bandeira trans nas costas
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A Assembleia Legislativa do estado do Texas aprovou na quarta-feira um projeto de lei que proíbe tratamentos para transição de gênero em menores de idade. A medida inclui tratamentos hormonais ou cirúrgicos.
A lei proibirá que os médicos prescrevam este tipo de tratamento, mas está prevista uma exceção para os menores que já estão em tratamento. Nesses casos, os jovens devem “abandoná-lo” de forma progressiva, segundo o documento.
Para virar lei, o texto deve ser assinado pelo governador republicano, Greg Abbott, o que parece ser apenas uma formalidade diante da posição do político sobre o tema.
O governador do Texas, Greg Abbott, discursa sobre o estado em Austin em 5 de fevereiro de 2019
Eric Gay/AP
No ano passado, Abbott ordenou uma investigação dos pais de menores que recebem este tipo de tratamento, que ele comparou ao abuso infantil, o que forçou algumas famílias a fugir do estado.
Caso a lei seja promulgada, o Texas será o segundo estado americano mais populoso dos Estados Unidos e o maior em território a adotar tal política, mas não o único.
O governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, faz um discurso ao lado sua esposa Casey em Tampa, na Flórida, nos EUA, em 8 de novembro de 2022
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Ron DeSantis, governador da Flórida – o terceiro estado do país em número de habitantes – assinou na quarta-feira uma lei votada no início de maio que proíbe tratamentos hormonais e cirúrgicos de transição de gênero para menores de idade.
DeSantis, um provável aspirante à candidatura presidencial pelo Partido Republicano em 2024, comparou os procedimentos a “mutilações”.
“É um ataque contra a liberdade”, criticou Joe Saunders, da associação Equality Florida, que defende os direitos da comunidade LGBT+.
Mais de 10 estados já adotaram restrições deste tipo.
Outras leis abordam a discussão da identidade de gênero nos centros de ensino, o uso de pronomes neutros por parte dos menores de idade e até os espetáculos de drag queens, que os conservadores consideram muito sexualizados.