Famílias de reféns do Hamas protestam dentro do Parlamento de Israel

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Parentes reclamaram da demora na libertação dos sequestrados que ainda estão em poder dos terroristas. O Exército de Israel informou que está intensificando as operações na maior cidade do sul da Faixa de Gaza. Famílias de reféns do Hamas protestam dentro do parlamento israelense
Famílias de reféns do terror do Hamas protestaram nesta segunda-feira (22) dentro do Parlamento israelense contra a demora na libertação dos parentes. O Exército de Israel informou que está intensificando as operações na maior cidade do sul da Faixa de Gaza.
A semana começou com ataques aéreos e operações terrestres na região. Os hospitais ficaram lotados. Rabie disse que esperou a noite toda por uma ambulância. Algumas pessoas cavaram covas improvisadas no terreno do maior hospital em funcionamento na Faixa de Gaza.
“A noite passada foi horrível. Os bombardeios não pararam um minuto”, diz Abdelkarim.
Ao menos 50 pessoas morreram neste ataque, segundo o Ministério da Saúde do Hamas — que também afirmou que já são 25.295 palestinos mortos em Gaza desde o início da guerra.
O Exército de Israel afirmou nesta segunda-feira (22) que 50 integrantes do grupo terrorista Hamas foram mortos em combates terrestres no sul da Gaza e também que três soldados israelenses morreram.
Em Al Mawasi, funcionários relataram que soldados israelenses prenderam médicos dentro de um hospital. Israel acusa o Hamas de operar dentro de hospitais em Gaza.
Nesta segunda, o jornal americano “The New York Times” publicou uma compilação de dados feita a partir de relatórios das Nações Unidas baseados em dados das autoridades locais de Gaza, controlada pelo Hamas. O gráfico mostra que, do início de dezembro até agora, caiu quase pela metade o número mortes diárias de moradores de Gaza e, desde o pico de mortes, no final de outubro, a queda foi de quase dois terços.
O jornal destacou que, no último mês, os Estados Unidos e outros aliados têm pressionado Israel para que adote um plano de batalha focado em diminuir o número de mortes de civis em Gaza. De acordo com o jornal, o argumento tem apoio, inclusive, de oficiais israelenses. Depois disso, Israel reduziu a presença de tropas no norte da região.
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Nesta segunda, ministros das Relações Exteriores europeus se reuniram com líderes palestinos e israelenses na Bélgica. O chefe da diplomacia da União Europeia disse que o plano de Israel para destruir o Hamas não está funcionando e que a Europa precisa se esforçar para buscar a solução de dois Estados, que prevê a criação de um Estado palestino que conviva em segurança com o Estado de Israel.
Nos últimos dias, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou mais de uma vez que não vai aceitar a criação de um Estado palestino depois do fim da guerra.
Josep Borrell destacou que é preciso haver diálogo, mesmo que haja discordância, e que Israel precisa esclarecer que outras soluções tem em mente.
Dentro de Israel, a sociedade também tem pressionado cada vez mais o primeiro-ministro. Nesta segunda, parentes de reféns que ainda estão sob poder dos terroristas em Gaza interromperam uma sessão do Parlamento, em Jerusalém, para protestar. Eles pediram que os parlamentares se esforcem para trazer os reféns de volta.
“Ontem, o primeiro-ministro veio e disse que não vai fazer um acordo. Que direito ele tem de não negociar um acordo?”, questionou um deles.
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