Vocalista de banda cover da Rita Lee relembra conexão e exalta legado da artista: ‘Ela transcende’


Vocalista da banda “Ritantes”, de Sorocaba (SP), Jurema Nascimento conta sobre a profunda conexão com a artista e a influência de suas letras sinceras e melodias contagiantes. Jurema Nascimento na voz, Nilton Leal na guitarra, Luís Alberto Alves no contrabaixo, Luis Amaral na batera e Auro Camargo no teclado
Facebook/Reprodução
“Parece que eu entrei na vida dela e ela entrou na minha”. Foi assim que a vocalista da banda Ritantes, de Sorocaba (SP), definiu a sua relação com a cantora Rita Lee, que morreu aos 75 anos na terça-feira (9).
Ao g1, Jurema Nascimento conta que está no mundo da música há 50 anos, mas foi apenas em 2017, quando Rita completava 70 anos, que surgiu a ideia de homenagear a “Padroeira da Liberdade”.
“Queríamos um projeto especial. Pensei na Elis Regina, mas eu queria algo mais alegre, mais leveza, e um dos amigos sugeriu a Rita Lee. Eu só conhecia três músicas dela: ‘Alô, Alô Marciano’, ‘Baila Comigo’ e ‘Desculpa O Auê’”, lembra.
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Após a sugestão, os primeiros ensaios da banda tiveram início e o grupo se apaixonou pelas letras sinceras e melodias contagiantes. O nome Ritantes foi escolhido como um adjetivo e carrega o sentido de “provocação de uma forma positiva”, segundo a vocalista.
“‘Esse tal de Roque Enrow pegou na veia, ensaiávamos todas as semanas para tirar o arranjo e deixá-lo bem elaborado e fiel ao original”, conta.
Banda já fez diversas apresentações em Sorocaba homenageando Rita Lee
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Mergulhando no mundo do rock feminino inaugurado por Rita Lee no Brasil, Jurema virou fã de carteirinha. Ela conta que se identificava muito com a ironia e o sarcasmo das composições, e se encontrava na forma como Rita se comunicava com as pessoas através da música.
“É difícil encontrar alguém que fale a verdade em versos e melodias belíssimas, palavras simples que têm muito conteúdo”, diz, referindo-se a Rita Lee.
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O grupo já fez diversas apresentações em tributo a Rita Lee em Sorocaba. Agora, mais do que nunca, eles pretendem continuar dando voz às composições da cantora e já estão agendando novos shows.
“A Rita Lee não cabe em nada, não cabe na TV, não cabe em palavras, porque ela transcende. A gente tem que ‘ritaliar’ mais agora, pensando nas letras que ficaram. ‘Alô, Alô Marciano’ é dos anos 80 e a gente continua no mesmo tema”, completa emocionada.
Vida de Rita Lee
Rita Lee na GloboNews
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Rita ajudou a incorporar a revolução do rock à explosão criativa do tropicalismo, formou a banda brasileira de rock mais cultuada no mundo, os Mutantes, e criou canções na carreira solo com enorme apelo popular, sem perder a liberdade e a irreverência.
Sempre moderna, Rita foi referência de criatividade e independência feminina durante os quase 60 anos de carreira. O título de “rainha do rock brasileiro” veio quase naturalmente, mas ela achava “cafona” – preferia “padroeira da liberdade”
Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. O pai, Charles Jones, era dentista e filho de imigrantes dos EUA. A mãe, a italiana Romilda Padula, era pianista, e incentivou a filha a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs. 
Aos 16 anos, Rita integrou um trio vocal feminino, as Teenage Singers, e fez apresentações amadoras em festas de escolas. O cantor e produtor Tony Campello descobriu as cantoras e as chamou para participar de gravações como backing vocals (veja a história completa).
*Colaborou sob supervisão de Gabriela Almeida
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