Motoristas de aplicativo fazem protestos em várias cidades do país; veja atualizações

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Entre as reivindicações estão a melhor remuneração pelas corridas, isenção de impostos e maior segurança para a categoria. Motoristas de aplicativo fazem protesto no Rio de Janeiro
Reprodução/TV Globo
Motoristas de aplicativo iniciaram nesta segunda-feira (15) um protesto por melhorias na remuneração pelas corridas em várias regiões do país. As paralisações eram registradas em pelo menos seis estados até às 11h (veja mais abaixo).
A classe reivindica que o motorista embolse pelo menos R$ 10 para cada corrida aceita e que, para cada quilômetro rodado, o profissional ganhe R$ 2.
Luiz Carlos Correia de Albuquerque, presidente do Sindmobi — sindicato que representa esses profissionais —, afirmou que em muitas corridas o motorista não recebe nem sequer a metade do que o passageiro paga.
“As empresas têm descontado até 60% das corridas. Já não aguentamos mais”, disse.
Além disso, reivindicações como a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para motoristas e mais segurança para a categoria também estão entre os pedidos feitos pela categoria.
“Essa manifestação vai continuar, não vai parar por aqui. Colamos adesivos em vários carros e estamos fazendo uma conscientização com os motoristas para não aceitarem corridas inferiores a R$ 10”, acrescentou Albuquerque.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, os condutores saíram em carreata do Aeroporto Santos Dumont com destino ao escritório da Uber, na Avenida Presidente Vargas, no Centro.
Abel de Oliveira Moreira, condutor cadastrado no aplicatibo, reclamou que os valores pagos à classe não são corrigidos. “Tudo aumenta, até a vida do motorista, e a Uber continua abaixando. A gente quer só o que é justo.”
Já Denis Moura pediu “uma tarifa mais justa”.
“A gente não aguenta mais essa condição oprimida de ter uma tarifa mínima que custa o valor de um litro de gasolina. O motorista de aplicativo passa muita dificuldade financeira. Desde que entraram no Brasil, essas empresas nunca deram reajuste para o motorista. Só aumentaram para o passageiro”, detalhou.
Campinas
Motoristas de aplicativo fazem protesto em Campinas (SP).
Vanderlei Duarte/ g1
Em Campinas (SP), motoristas se reuniram em protesto na Avenida Orosimbo Maia, na região central da cidade, nesta segunda-feira (15).
Entre as reivindicações há a tarifa mínima de R$ 10 e diminuição do desconto feito pela plataforma sobre os valores obtidos em viagens, que chega a 40%.
Piauí
Em Teresina, no Piauí, motoristas fizeram bloqueios parciais em algumas avenidas da capital. Por lá, os condutores informaram ao g1 que o protesto segue até o meio-dia, quando vão em carreata até a Prefeitura de Teresina, e em seguida ao Palácio de Karnak, sede do governo estadual.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte por Aplicativos do Piauí (Sindmapi), os bloqueios são parciais, e não impedem o trânsito.
Ceará

Motoristas de aplicativos protestam nas imediações do Centro de Eventos do Ceará, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza, na manhã desta segunda-feira (15). Os trabalhadores reivindicam questões como o aumento das tarifas, a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para os motoristas e mais segurança para a categoria. O protesto deve ocorrer das 8 horas até às 19 horas, segundo o Sindicato dos motoristas de transporte particular de passageiros por aplicativo e plataformas digitais de Fortaleza e Região Metropolitana (Sindaplic).
DAVI ROCHA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
No Ceará, motoristas protestam nas imediações do Centro de Eventos do Ceará, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza (CE).
Os trabalhadores reivindicam questões como o aumento das tarifas, a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para os motoristas e mais segurança para a categoria.
O protesto deve ocorrer das 8h até às 19h, segundo o Sindicato dos motoristas de transporte particular de passageiros por aplicativo e plataformas digitais de Fortaleza e Região Metropolitana (Sindaplic).
Paraná
Motoristas de Uber fazem ato no Parque São José, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba
Reprodução

Em Curitiba (PR) condutores se concentraram no Parque São José, em São José dos Pinhais. A previsão era de que uma carreata passasse pelo Aeroporto Afonso Pena e pela Assembleia Legislativa do Paraná.
Mato Grosso do Sul
No Mato Grosso do Sul, a indicação do presidente da Associação de Parceiros de Aplicativos de Transportes de Passageiros e Motoristas Autônomos de Mato Grosso do Sul (Applic-MS), Paulo Pinheiro, é que as manifestações não seguirão um modelo padrão, mas todos os trabalhadores devem aderir de alguma forma.
“O pessoal está fazendo a paralisação da maneira que acha conveniente, de uma forma que acredita que vai atingir as plataformas. Uns não saíram de casa, outros estão andando devagar e com o app desligado, outros estão parados pelas ruas. A ideia é que as plataformas sintam reflexos”, explicou Paulo.
Santa Catarina
Em Florianópolis (SC), a ação teve início por volta das 8h30, com a concentração dos veículos no Trapiche da Beira-Mar Norte, na orla da capital, segundo informações da Associação dos Motoristas de Aplicativo de Santa Catarina.
Depois, os participantes foram até a sede de uma empresa de aplicativo e terminaram o trajeto na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
Segundo manifestantes, entre as reinvindicações está o preço mínimo de R$ 10 para cada corrida e do valor mínimo de R$ 2 por quilômetro. O número de motoristas que participam do ato não foi divulgado.
Essa matéria está em atualização.

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