PF prende prefeito no Amazonas por suspeita de corrupção

A PF (Polícia Federal) expediu, nesta 3ª feira (9.jan.2024), um mandado de prisão preventiva contra o prefeito do município de Borba, no Amazonas, Simão Peixoto Lima (MDB). O político, que foi afastado do cargo por 180 dias, é suspeito de manipular testemunhas em investigações que apuram desvios de recursos públicos durante a pandemia de covid.

O mandado foi expedido nesta 3ª feira (9.jan.2024). A prisão, no entanto, não foi cumprida em razão da ausência do investigado na sede do município. Simão já foi preso 2 vezes e esteve foragido por alguns dias em maio de 2023.

Há indícios de que ele desviou recursos públicos que deveriam ter sido utilizados para a compra de kits de merenda escolar, segundo a PF. Eleito em 2020 pelo PP (Partido Progressista), Simão Peixoto se filiou em novembro ao MDB

Investigadores indicam que esses kits divergiam “significativamente do volume contratado”. O material da merenda não continha ou possuía uma quantidade muito reduzida de carne de boi. Foi constatada também a ausência de charque. 

Há também indicativo de que houve falsificação nos recibos de entrega e de pagamentos sem comprovação documental.

O mandado de prisão preventiva foi expedido tendo por base “evidências de que ele conduziu uma videoconferência com servidores municipais intimados pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos relacionados à referida investigação”.

No encontro, Simão Peixoto teria oferecido assistência jurídica e fretamento de aeronave, custeados pela prefeitura, o que, segundo a PF, poderia representar tentativa de influenciar indevidamente as testemunhas.

Embora possa ser interpretada como um gesto de auxílio, esta ação cria um ambiente propício para que os servidores se sintam pressionados a adaptar seus depoimentos aos interesses do investigado, comprometendo potencialmente a integridade e a credibilidade das investigações em curso”, declarou em nota a PF.

Peixoto já havia sido preso preventivamente em março de 2023 pelos crimes de ameaça, desacato, difamação e restrição aos direitos político em razão do sexo contra a vereador Tatiana Franco dos Santos (PTB-AM). Ele saiu da prisão 7 dias depois, com liberdade provisória concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal). 

O prefeito voltou a ser preso pouco tempo depois. Em maio, o político retornou ao cárcere por suspeita de chefiar uma organização criminosa que cometia fraudes em processos licitatórios da prefeitura. Foi solto em julho.


Com informações da Agência Brasil.

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