Diaconisa vítima de acidente entre caminhão e ônibus com 24 mortos na BA terminou tratamento de câncer há 6 meses, revela pastor

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Tatiana terminou tratamento de câncer de mama há seis meses
Arquivo Pessoal
A diaconisa Tatiana de Santos Souza Nascimento, de 39 anos, uma das vítimas do acidente entre ônibus de turismo e um caminhão que terminou com 24 mortos na Bahia, terminou tratamento contra o câncer de mama seis meses antes de morrer.
Os veículos bateram na noite de domingo (9), no km 381 da BR-324, em trecho da cidade de São José do Jacuípe.
“Por um período, [Tatiana] sofreu de câncer, passou por tratamento indo para Salvador, superou todo esse momento difícil, mas, de repente, a viagem foi fatal”, contou Mikael Lima, pastor da igreja Assembleia de Deus, onde a vítima atuava.
Ao g1 e à TV Bahia, Mikael Lima detalhou que a diaconisa chegou a fazer quatro cirurgias ao longo do tratamento realizado em Salvador.
A tragédia que tirou a vida de Tatiana Nascimento provocou também a morte do marido, o presbítero Erivaldo Santos do Nascimento, de 36 anos, e do filho mais novo do casal, Emanuel Santos de Souza Nascimento, de 11 anos. Os três foram velados na igreja, na noite de segunda-feira (9).
De acordo com o pastor, o casal tinha outro filho, que não estava na viagem.
Famílias dilaceradas
A maioria das vítimas do acidente possuíam vínculos amorosos ou familiares. O passeio de Jacobina à praia de Guarajuba, na Região Metropolitana de Salvador, que o grupo fez no dia do acidente, era buscado por famílias.
Alguns exemplos são:
O casal formado pelo supervisor Edmilson Alencar dos Santos, de 48 anos, e pela professora Amarilis Lima Grassi Santos, de 44.
O casal Gabriela Ferreira dos Santos, de 35 anos, e Tiago Manoel dos Santos, de 38, e os filhos deles Stefanny Vitória Araújo dos Santos, de 19, Wolyver Manoel Araújo dos Santos, de 14.
O casal Maria Eunice Gonzaga dos Santos, de 55 anos, e Paulo de Jesus, de 53; e a neta de Maria, Isabela Santos de Almeida, de 14. [Veja depoimento emocionado do pai da menina]
Cidade em luto
Em meio à emoção com a perda de amigos e parentes, o dia foi triste em Jacobina, no norte do estado. Alguns pontos comerciais do município não abriram as portas em consternação com a morte repentina das 24 pessoas.
“É você sair e achar que é domingo em uma segunda-feira. Está todo mundo triste”, avaliou a administradora Clea Adele.
A administradora se juntou às centenas de moradores que participaram do velório coletivo organizado pela prefeitura no Ginásio de Esportes. A gestão municipal decretou ainda sete dias de luto oficial ao expressar “sinceras condolências” às famílias enlutadas.

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