Ghosting: como a psicanálise explica o sofrimento após levar ‘perdido’

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Psicanalista analisa por que um desaparecimento nas relações tem poder de afetar tanto o ser humano. Encerrar uma relação sem dar explicação não é um fenômeno novo no universo dos relacionamentos, mas ganhou nome e roupagem nova com as redes sociais e aplicativos de encontros: o ‘ghosting’ pode ser uma prática bastante comum, mas tem efeitos ‘primitivos’ em quem fica para trás.
É o que explica Ana Suy, autora do livro “A gente mira no amor e acerta na solidão”. Em entrevista a Natuza Nery, a psicanalista explica por que levar o famoso ‘perdido’ tem poder de afetar tanto o ser humano.
O ghosting está cada vez mais comum com os sites e aplicativos de encontros
Getty Images
“Nós somos seres estruturalmente de desemparo. O bebê humano nasce numa condição em que é determinante se ele vai ter o amparo de alguém. Se ele não encontra nenhum ser humano para ‘materná-lo’, não vai ter nenhuma chance de sobrevivência”, diz.
“Isso fica marcado em nosso psiquismo… O medo que a gente tem do abandono se enlaça em questões que são muito primitivas para cada um de nós.”
Ana analisa ainda as motivações de homens e mulheres para praticar ghosting: “Há dificuldade em falar o que sentimos para o outro”, aponta, lembrando que “pode ser ainda mais difícil dizer o que sentimos para nós mesmos”. E acrescenta que “sumir” é entendido como uma forma de não lidar com a decisão de um rompimento
Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto.
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