Mulher é resgatada após 47 anos de trabalho doméstico sem remuneração em Canoas, diz PRF

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Situação foi caracterizada como trabalho escravo contemporâneo. Empregador firmou TAC e trabalhadora foi encaminhada para aposentadoria. Trabalhadora foi resgatada em Canoas por operação que uniu diferentes órgãos
Divulgação/PRF
Uma mulher de 63 anos foi resgatada durante uma operação conjunta para fiscalizar casos de trabalho escravo doméstico, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a mulher trabalhava em uma residência há 47 anos sem receber salários, registro de vínculo ou períodos de descanso.
A situação caracteriza trabalho escravo moderno, de acordo com a PRF. O resgate ocorreu no dia 8, mas foi divulgado neste domingo (14). Ainda segundo a PRF, a trabalhadora não é alfabetizada.
O que é trabalho análogo à escravidão
O empregador da mulher resgatada firmou um termo de ajuste de conduta com o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública da União, para tratar de questões salariais, verbas rescisórias e indenização por dano individual. Além disso, a resgatada foi encaminhada para iniciar o procedimento de aposentadoria, e para receber o seguro-desemprego.
Além da residência em Canoas, foram fiscalizadas moradias em Porto Alegre e Eldorado do Sul, além de um sítio em Triunfo. A operação examinou as condições de trabalho de empregadas domésticas, uma cuidadora de idosos e um caseiro, em que irregularidades trabalhistas foram identificadas, mas sem configurar trabalho escravo.
A operação foi o Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Defensoria Pública da União para fiscalizar casos de trabalho escravo doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre.
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