Mães de filhos LGBTQIA+ se unem para combater preconceito e aproximar famílias em SC

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ONG Mães pelo Amor em Defesa da Diversidade, em Blumenau, atua para fortalecer laços familiares através do conhecimento e acolhimento. ONG em Blumenau trabalha acolhimento de famílias com filhos LGBTQIA+
“O amor é que importa, o seu filho vai ser sempre seu filho e é importante que ele esteja bem ao seu lado”. A fala é de Rosane Martins, que junto de outras mulheres iniciaram um movimento para combater o preconceito e unir pais e mães com seus filhos LGBTQIA+. Com um sonho e um desejo de respeito e igualdade nasceu há cerca de 1 ano na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, a ONG Mães pelo Amor em Defesa da Diversidade.
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Com reuniões de acolhimento, piqueniques, atendimento psicológico e assessoria jurídica de graça, a entidade busca unir e ensinar como o amor se sobrepõe a qualquer escolha e como eles podem – e devem – andar juntos.
“Estamos aqui para dialogar com eles e para dizer que também passamos por estranhamentos. O amor é a coisa mais importante que existe. É importante para nós e pra eles. Tem uma frase que gosto que é: tire o seu preconceito do caminho que nós vamos passar com o nosso amor”, reiterou Rosane, que é presidente da ONG.
ONG promove encontros entre pais e filhos LGBTQIA+
NSC TV/Reprodução
Além de fortalecer laços entre pais e filhos, a entidade luta pelo combate à violência e também à LGBTfobia. A presidente conta que de dentro de casa veio a inspiração para promover a união entre outras famílias.
“Tenho um filho hétero, uma filha hétero e tenho uma filha trans, e amo os três iguais. Quero eles felizes, somos seres inteiros, que se tire os dogmas, os preconceitos do caminho”, reforçou.
Clarisse Martins com a mãe Rosane Maria
NSC TV/Reprodução
Junto do combate à discriminação, vem o ensinamento também. A Rosane Maria e a Clarisse Martins, mãe e filha perceberam que a convivência e o respeito foram os elos mais fortes para garantir o amor dentro de casa entre mãe e a filha homossexual.
“Também passei por um processo de conhecimento, de aceitação, falei algumas abobrinhas para a minha filha, devo ter falado nesse processo. Mas, o caminho do amor é o mesmo. Eu pensava: vou deixar de amá-la por causa da orientação sexual dela?”, lembrou a mãe.
“Houve um estranhamento no primeiro momento, quando eu apareci com a minha primeira esposa. Não deu um mês e meu pai já a chamava de ‘genra’. A minha mãe trata ela como filha. Hoje me sinto plena, consigo amar plenamente, sentir plenamente, viver a família plenamente”, conta a filha.
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