A delegada Paoulla Maués, uma das envolvidas na investigação referente a ameaças de ataques à escolas do Rio Grande do Norte, comentou o caso em atendimento à veículos de imprensa nesta terça-feira 01. Segundo a policial, mais de 40 denúncias de planejamento de crimes foram feitas no estado potiguar. Para ela, a comunicação para este tipo de crime é feita através do celular, por meio de chats em jogos.
“Nós identificamos em várias cidades do interior. Inclusive, chegamos juntos de todos no menor tempo possível, conversamos com os pais, oficiamos a secretaria de educação, informamos os perfis, quais são os jogos que eles estão acessando, qual a forma que está sendo atingido, como estão planejando, nós informamos e vamos continuar informando”, disse a delegada. Durante a entrevista ela ainda pediu apoio da população e das secretarias de educação.
De acordo com a policial, todas as crianças e adolescentes foram ouvidos e pais informados.
Ameaça de ataque em Natal
Uma ação conjunta entre a Polícia Civil do Rio Grande do Norte e o Ministério da Justiça e Segurança Pública resultou na identificação de uma criança de 11 anos de idade, suspeita de planejar um ataque a uma escola localizada em Natal. Em menos de 24 horas, após identificação de informações críticas que apontavam à iminência de concretização de um possível ataque, as autoridades conseguiram uma representação de busca e apreensão através do Poder Judiciário.
Durante a operação, as autoridades apreenderam materiais que comprovam o planejamento da ação, e as investigações apontam para o envolvimento de outro adolescente da mesma escola. Este adolescente foi ouvido, nessa segunda-feira 30, através da Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA/NATAL).
A rápida ação das forças de segurança pública estaduais e federais foi crucial para garantir a integridade dos alunos e funcionários da instituição de ensino identificada.
A Polícia Civil orienta a todos os pais que sejam vigilantes quanto às crianças e adolescentes, em especial no que se refere ao uso de aplicativos de jogos que, em muitas ocasiões, estão sendo utilizados para fins criminosos.
Atuaram na operação de investigação e agentes de segurança pública da Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA/NATAL), da Delegacia Especializada no Atendimento a Adolescente (DEA), com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), e a Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi) do Ministério da Justiça.