64% dos trabalhadores da cidade de SP trabalham ao menos um dia em casa, o maior percentual do país, aponta pesquisa

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Número de trabalhadores em esquema híbrido aumentou de 11% para 40% depois da pandemia. Para metade dos entrevistados, obrigatoriedade de volta ao trabalho presencial seria motivo suficiente para buscar um novo emprego. Segundo o levantamento, média de deslocamento por trabalho na capital paulista é a mais alta dentre todas as capitais do país. Movimento de passageiros em ponto de ônibus na capital paulista
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
64% dos trabalhadores trabalham ao menos um dia em casa, o maior percentual do país, de acordo com pesquisa da Offerwise divulgada nesta terça-feira (31).
O número de trabalhadores atuando em esquema híbrido (parte presencial, parte em home office) cresceu na cidade de São Paulo após a pandemia. Segundo o levantamento, apenas 11% dos trabalhadores da capital atuavam em regime híbrido antes da pandemia. Três anos e meio depois, esse índice saltou para 40,5% — acima da média nacional, de 36,8%. com isso, duas duas em cada cinco pessoas empregadas na capital paulista trabalham dessa forma.
Os dados são da pesquisa realizada em setembro pela Offerwise, a pedido da plataforma QuintoAndar e do portal Imovelweb, que atuam no setor imobiliário. O índice de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais.
Também foi registrado um crescimento no número de pessoas que trabalham de forma totalmente remota, no chamado home office. Em São Paulo, este índice se encontra em 23,1%.
Contudo, essas altas ocorreram de formas diferentes. Enquanto o home office exclusivo registrou seu auge durante a fase mais aguda da pandemia (39%), a adesão ao formato híbrido aumentou com o fim dos lockdowns.
Para 50,2% dos entrevistados de São Paulo que trabalham ao menos um dia da semana à distância, a obrigatoriedade de retorno ao regime totalmente presencial seria motivo suficiente para buscar um novo emprego. Uma das razões é o tempo de deslocamento entre casa e empresa.
De acordo com a pesquisa, a média de deslocamento para o trabalho é de 51 minutos na capital paulista, sendo esse o índice mais elevado entre todas as capitais do país.
Ainda em São Paulo, duas em cada cinco pessoas moram a mais de 10 km de distância de onde trabalham e cerca de metade dos trabalhadores da cidade utiliza o transporte coletivo nessa locomoção.
Para 40,3% dos entrevistados, o trabalho influenciou de alguma maneira na escolha do lugar em que vivem atualmente, seja no quesito transporte ou no tamanho da residência.
“Para boa parte dos paulistanos, morar o mais perto possível do trabalho significa qualidade de vida. Não à toa, a proximidade da residência ao local de trabalho, o acesso fácil ao transporte público e o menor tempo de trajeto entre a residência e o trabalho são os principais fatores apontados pelos que dizem que o trabalho impactou na escolha do local onde moram”, analisa Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
“Chama a atenção ainda o fato de que metade dos entrevistados que hoje estão atuando de forma remota ou híbrida diz que procuraria outro emprego caso precisassem ir todos os dias para a empresa. Ou seja, nesta realidade do pós-pandemia, é preciso entender essa nova dinâmica e tentar se adaptar a ela. A casa realmente virou um espaço de trabalho, além do lugar da moradia, da família, dos encontros”, comenta Reis.
Outros dados apresentados do levantamento realizado em território paulistano:
35% das pessoas que trabalham ao menos um dia por semana à distância utilizam a casa de parentes ou amigos para exercer suas atividades profissionais;
31,4% desse grupo que trabalha no modelo híbrido ou totalmente presencial dizem não poder escolher o dia em que ficam de forma remota;
O dia mais utilizados para trabalhar à distância no modelo híbrido é a sexta-feira;
Segunda-feira é quando a maioria dos que trabalham em formato híbrido fica de forma presencial;
Metodologia
A pesquisa foi realizad por meio de um questionário online. Foram entrevistados 1.914 brasileiros, com 18 anos ou mais, de todas as classes sociais, nas 27 capitais do Brasil. Em São Paulo, 385 pessoas foram ouvidas. O levantamento foi feito de 31 de agosto a 18 de setembro e tem margem de erro de 2 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%.

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