
Batizada de Savana, a fêmea foi resgatada na região de Araxá com diversas fraturas em diferentes estágios de cicatrização. A espécie está na lista de animais em perigo de extinção no Cerrado, segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira. Jaguarundi e quati estão internados no Hospital Veterinário da Uniube
Savana, a gata-mourisca que recebia tratamento no Hospital Veterinário de Uberaba desde sexta-feira (16), não resistiu a complicações durante uma cirurgia e morreu na tarde de terça-feira (28).
O felino silvestre da espécie Herpailurus yagouaroundi, conhecido popularmente como gato-mourisco ou jaguarundi, foi o primeiro exemplar da espécie atendido na unidade. A suspeita inicial era de que Savana tivesse sido atropelada, mas exames clínicos revelaram múltiplas fraturas em diferentes estágios de cicatrização, o que indica que o animal sofreu mais de um tipo de traumatismo.
A gata-mourisca apresentava uma fratura grave na pelve, outras nos metatarsos — ossos localizados nas patas traseiras — e também nas escápulas, que são os ossos da articulação do ombro. Savana chegou a passar por uma cirurgia na escápula esquerda, mas não resistiu a um segundo procedimento.
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Espécie está ameaçada de extinção
O gato-mourisco está classificado como em perigo de extinção no Cerrado pelo Livro Vermelho da Fauna Brasileira, publicado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
De acordo com o ICMBio, o animal mede entre 48 e 83 centímetros e pode pesar de 3,7 a 9 quilos. A coloração da pelagem varia entre preto, cinza, areia e marrom-avermelhado. Trata-se de um felino de hábitos solitários, que se alimenta de presas menores, como pequenos mamíferos, cobras, lagartos, aves, insetos, peixes e anfíbios.
Gato-mourisco fêmea não resistiu a procedimento cirúrgico
Hospital Veterinário da Uniube/Divulgação
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