Maternidade em diferentes gerações: o que mudou no desafio de ser mãe ao longo dos anos?

Com certeza você já ouviu que ser mãe não é uma tarefa fácil. Preocupações, medos e incertezas também fazem parte do “mundo” de uma mãe. Mas será que existem diferenças entre as mães mais velhas e as mais novas? Para entender os desafios da maternidade em diferentes gerações, o Portal Roma News entrevistou quatro mães de diferentes épocas, mas que têm algo em comum: aceitaram o desafio de educar e amar incondicionalmente os filhos.

Izabelle – mãe do Apollo (2022)

Izabelle Sena tem 23 anos, é autônoma e se tornou mãe em 2022, aos 22 anos. Há nove meses, Apollo chegou para fazê-la amadurecer.

“Se existe uma frase que é muito real, é que ‘toda vez que nasce um filho, nasce uma mãe’. Na minha experiência, digo que senti a transformação de quem eu era e de quem me tornei, a partir do parto. O que mudou em mim foi a maturidade. Agora eu sei lidar com certas situações que antes eu não sabia. Eu era muito explosiva. Antes eu priorizava coisas que, agora, para mim, são fúteis”, relatou.

Para ela, a diferença entre as mães de diferentes gerações está na empatia e no acesso à informação. “Da minha geração em diante, é mais fácil encontrar mães mais empáticas porque as mães de antigamente têm muito aquela coisa de que ‘não pode reclamar, tem que dar conta de tudo’. Não sei por qual motivo as mães de antigamente mantinham esse pensamento. Outro ponto diferente é que as mães de antes, como por exemplo, a minha mãe, tinham pouco acesso à informação. Elas criavam os filhos da melhor forma que podiam, com as informações que sabiam que, em muitos casos, era bem pouca”.

Melissa – mãe da Luiza (2022)

Melissa Charchar tem 24 anos, é advogada e se tornou mãe em 2022, aos 23 anos. Quem lhe deu o título, foi a pequena Luiza, de oito meses.

Segundo ela, a famosa frase “a maternidade transforma” não é mais só um clichê de mãe. “A Luiza transformou completamente a minha vida, a minha forma de pensar, sentir e agir. É até clichê falar isso, mas os filhos transformam a nossa vida para melhor. Eu sinto que a partir dela eu sou muito mais feliz, muito mais capaz de superar os desafios que aparecem na minha vida”, contou.

Para ela, o maior desafio em ser mãe é tentar criar a filha, como ela foi criada. “O principal desafio na minha maternidade com a Luiza, foi tentar cada vez mais me parecer com a minha mãe. Porque eu queria ser a mãe que eu tive. Queria ser para ela uma pessoa forte, corajosa, que conseguisse superar qualquer obstáculo, que fizesse de tudo pelo bem estar dela. Foi assim que, mesmo vivendo o puerpério, eu estudei para a segunda fase da OAB e consegui passar. É difícil conciliar estudo e maternidade, mas graças a Deus deu tudo certo”, disse.

Claudiceia – mãe do Breno e do Gabriel (2003)

Claudiceia Cavalcante tem 46 anos, é bacharela em contabilidade e há 20 anos se tornou mãe, aos 26 anos. Breno, o primeiro filho nasceu em 2003. Dois anos depois, ela descobriu que estava grávida novamente e aí veio Gabriel, em 2005.

Para ela, a maternidade muda tudo e o maior desafio é “ser mãe de verdade”. “Qualquer uma pode apenas parir, mas ser ‘mãe de verdade’ é se privar de algumas coisas pelo filho. Quando a gente se torna mãe, tudo muda. Há mais preocupações. A gente deixa de pensar mais em nós e mais neles”, destacou.

Do ponto de vista de Claudiceia, os tempos mudaram e o jeito de criar os filhos também. “Vejo muita diferença nos desafios de criar os filhos se formos comparar a minha geração e a geração atual. Antigamente as mães eram mais rígidas, falavam mais ‘não’ do que ‘sim’. Eu procuro criar meus filhos do jeito que eu fui educada e, eu acho que dessa maneira funciona muito bem. Acredito que se eu os deixasse fazer o que quisessem, eles não seriam do jeito que são”, explicou.

Margarida – mãe do Marcos, da Kelly, do Dian e do Serginho (1955)

Margarida Oliveira tem 67 anos, é pastora de uma igreja evangélica e se tornou mãe em 1955, aos 22 anos. Marcos, Kelly, Dian e Serginho lhe deram o prazer de, segundo ela, viver a melhor experiência na vida de uma mulher.

“Sempre tive o sonho de ser mãe, mas fui pega de surpresa. Afirmo que essa é a melhor e maior experiência na vida de uma mulher. Tudo mudou. Amadureci, me tornei mais responsável e aprendi a amar muito mais, conheci um amor inexplicável”, compartilhou.

De acordo com ela, o maior desafio em ser mãe é conciliar a rotina. “Cuidar dos filhos, da família e lidar com o trabalho ao mesmo tempo é desafiador. Além disso, tem a insegurança e o medo que essa missão causa devido a toda a rotina e responsabilidade de criar bem os filhos. Dei muito carinho, disciplina, respeito, amor e principalmente ensinei os caminhos do Senhor”, contou.

Para Margarida, há muita diferença entre as mães de hoje e de antigamente. “Antes, os filhos estavam totalmente debaixo da proteção dos pais, tudo era mais fácil, mais seguro. Já hoje, tem muito mais com o que se preocupar: o perigo nas ruas e más-influências que a modernidade trouxe”, compara.

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