Projeto do IFSertãoPE é finalista do prêmio Pacto Contra a Fome

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O projeto “Nas Ramas da Esperança” é desenvolvido no campus Petrolina Zona Rural. O projeto contempla famílias com distribuição de variedades de batata-doce biofortificada. Projeto Nas Ramas da Esperança
Divulgação / IFSertãoPE
Criado em 2021, por professores do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE), em Petrolina, o projeto “Nas Ramas da Esperança” é um dos finalistas do prêmio Pacto Contra a Fome, que reconhece iniciativas de transformação socioambiental que trabalham em prol do combate à fome e/ou do desperdício de alimentos. A cerimônia de premiação será realizada nesta quinta-feira (26).
O projeto é uma ação estratégica de redução da pobreza extrema em Pernambuco, através da implantação de um banco de multiplicação de ramas-sementes, produção e distribuição de variedades de batata-doce biofortificada.
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O objetivo é que sejam implantados quintais produtivos e criadas novas áreas de cultivo pelo estado, promovendo a disseminação de variedades de batata-doce biofortificada como estratégia de superação da insegurança alimentar e da desnutrição, além de potencializar a economia circular no Estado.
Com sede no campus Petrolina Zona Rural do IFSertãoPE, o projeto é desenvolvido com apoio da Rede BioFORT, responsável pela biofortificação de alimentos no Brasil, coordenada pela Embrapa. A ação recebe ainda financiamento da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe).
Coordenador do “Nas Ramas da Esperança”, o professor Erbs Cintra destaca que figurar entre os finalistas de um prêmio de impacto nacional traz uma responsabilidade ainda maior no desenvolvimento das ações.
Projeto Nas Ramas da Esperança
Divulgação / IFSertãoPE
“Nós temos uma população em Pernambuco de mais de 60% que vive em situação de insegurança alimentar. A partir desse financiamento da Facepe a gente desenvolve uma ação que consegue alcançar praticamente todo o Estado, não apenas com multiplicação das ramas dos alimentos biofortificados, mas com a distribuição de alimentos, que nos coloca como propulsor de inovações nas políticas de combate à fome, agora com visibilidade para o país inteiro”, considerou.
Além do professor Erbs Cintra, o projeto conta com a atuação de mais seis pesquisadores, além de bolsistas graduandos de engenharia agronômica.
Resultados
Em menos de um ano de atuação, em junho de 2022, foram registrados os primeiros resultados com o atendimento de 25 famílias no sertão pernambucano e a implantação de quintais produtivos das variedades mais bem-adaptadas às condições de cultivo local.
Com a divulgação desses resultados, foi atingido o número de 60 instituições atendidas pelo projeto, entre elas, associações, assentamentos da reforma agrária, comunidades ribeirinhas e povos indígenas, cooperativas, ONG’s, campi de Institutos Federais e Universidades públicas em vários estados do Brasil.
Em Pernambuco, as ações do projeto estão presentes em 33 municípios com a distribuição de 174.765 ramas-sementes. A principal cultivar adaptada e distribuída na região semiárida é a ‘Nuti’, variedade de polpa alaranjada, precoce, com ciclo médio de 120 dias e produtividade média superior a 40 toneladas por hectare.
Após 23 meses de execução do projeto, a distribuição das ramas-sementes já alcançou mais oito estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Minas Gerais, Sergipe e Piauí, totalizando 125 municípios atendidos, mais de 1200 agricultores, 20 toneladas de batata-doce biofortificada doadas e 271.005 ramas-sementes entregues. A previsão é chegar ao final deste ano com 2000 agricultores beneficiados diretamente e 500.000 ramas-sementes de batata-doce biofortificadas distribuídas pelo país.
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