Aluno de Moda utiliza folhas de árvores nativas para tingir e estampar tecidos

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Método sustentável e ancestral é o foco do estudo do aluno de Moda, Carlos Willian Garcia da Trindade em seu TCC. A inovação e a sustentabilidade encontraram um forte aliado no curso de Moda, da Faculdade UMFG. Carlos Willian Garcia da Trindade, do 4º período do curso, promete conquistar corações e mentes com sua abordagem única do mundo fashion. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), ele estuda a criação de estampas e tingimentos exclusivos feitos a partir de folhas de árvores nativas da região.
A inspiração para o tema do trabalho veio da apreciação pela moda sustentável. “Eu sempre gostei e, apesar de ainda serem poucas pessoas no Brasil que a fazem, se trata de um segmento que está crescendo muito”, comenta Carlos. “E sobre esse estilo de tingimento com folhas tintórias, optei por ir além e também trabalhar com o eco print, que é diferente e as pessoas quase não conhecem”, completa.
Para a pintura dos tecidos, ele explica que quanto mais tanino a folha apresenta, mais marcante a estampa ou o tingimento se revela. Da região de Cianorte, ele usa exemplares de folhas de pés de Goiaba, Eucalipto, Aroeira e Pau-brasil. “Tem muita química por trás de tudo para chegar ao resultado final. Depois da extração, fazemos inúmeros testes de laboratórios para avaliar características, como a fixação da cor”, cita.

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O aluno – que já criou até nome e slogan para sua marca de roupas sustentáveis, a Flor de Pitaya – apresentará seis de seus looks utilizando a técnica que estuda durante o desfile de encerramento do curso. O evento será aberto à comunidade e acontece na noite de 24 de novembro, na Faculdade UMFG. A orientação do TCC é realizada pela professora Alethiea Alves da Silva.
MODA VIVA
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Para Carlos, o principal objetivo do estudo é cativar as pessoas para a moda sustentável. “Pretendo demonstrar, através da retomada desses processos ancestrais, que a produção de itens com preocupação ambiental está em crescimento e é apaixonante. As estampas como as que usamos hoje, muitas vezes, liberam metais pesados e poluentes no meio ambiente, sem contar o desperdício de água na sua produção. Então, a minha pesquisa se trata de um convite à reflexão”, conclui.

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