A Apple tem tomado medidas para diversificar sua cadeia de suprimentos além da China, expandindo a produção para países como Índia e Vietnã. No entanto, as tarifas anunciadas pela Casa Branca também afetarão essas nações.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na última quarta-feira (02) taxas de “tarifas recíprocas” sobre mais de 180 países.
A China enfrentará uma tarifa de 34%, que, somada à taxa já existente de 20%, eleva o total para 54% durante este mandato de Trump, informou a CNBC. A Índia terá uma tarifa de 26%, enquanto a taxa para o Vietnã será de 46%.
A Apple não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CNBC.
A seguir, um panorama da cadeia de suprimentos da Apple e os possíveis impactos das tarifas.
China
A maior parte dos iPhones da Apple ainda é montada na China pela parceira Foxconn.
Segundo estimativas da Evercore ISI divulgadas no mês passado, a China representa cerca de 80% da capacidade produtiva da Apple. Além disso, cerca de 90% dos iPhones são montados no país.
Embora o número de unidades fabris na China tenha diminuído entre os anos fiscais de 2017 e 2020, houve uma recuperação desde então, apontou a Bernstein em um relatório recente. Segundo a empresa, fornecedores chineses representam cerca de 40% do total da Apple.
A Evercore ISI estima que 55% dos produtos Mac e 80% dos iPads da Apple sejam montados na China.
Índia
Nos últimos dois anos, a Apple intensificou seus esforços para aumentar a produção de iPhones na Índia, alinhando-se aos planos do governo local de expandir a manufatura de produtos tecnológicos no país.
Em 2023, um ministro do governo indiano afirmou que a Apple pretende fabricar cerca de 25% de todos os iPhones globalmente na Índia.
Os analistas da Bernstein estimam que a Índia poderá atingir entre 15% e 20% da produção total de iPhones até o final de 2025. Já a Evercore ISI aponta que atualmente cerca de 10% a 15% dos iPhones são montados no país.
Vietnã
Nos últimos anos, o Vietnã se consolidou como um importante centro de produção de eletrônicos de consumo, e a Apple tem aumentado sua fabricação no país.
Segundo a Evercore ISI, aproximadamente 20% da produção de iPads e 90% da montagem de dispositivos vestíveis da Apple, como o Apple Watch, ocorrem no Vietnã.
Outros países-chave
A Malásia tem se tornado um local de produção crescente para Macs e enfrentará uma tarifa de 25%. A Tailândia, que também abriga uma pequena parte da produção de Macs, será afetada por uma taxa de 36%.
Além disso, a Apple obtém componentes da Coreia do Sul, Japão, Taiwan e Estados Unidos. Em muitos casos, esses componentes são enviados de um país para outro antes da montagem final, que ocorre na China ou em outras regiões.
Em fevereiro, a Apple anunciou planos para abrir uma nova fábrica de servidores de inteligência artificial no Texas, como parte de um investimento de US$ 500 bilhões nos EUA.
No entanto, a Apple não realiza produção em massa nos Estados Unidos. O único produto fabricado no país em larga escala é o Mac Pro, produzido no Texas.
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O post Como as tarifas de Trump prejudicam a Apple? apareceu primeiro em Times Brasil- Licenciado Exclusivo CNBC.