Pais de menina de 5 anos com leucemia buscam ajuda para tratar filha em São Paulo: ‘esperança’


Hillary Rodrigues da Silva, de apenas 5 anos, sofre com sintomas há mais de dois anos e, recentemente, veio o diagnóstico de leucemia. Família agora busca ajuda para acompanhar tratamento da menina, que irá para Barretos com os pais na próxima segunda-feira (31). Pequena acreana Hillary foi diagnosticada com leucemia e precisa ser transferida para Hospital do Amor em São Paulo
Arquivo pessoal
A pequena acreana Hillary Rodrigues da Silva, de apenas 5 anos, já enfrenta uma grande batalha: a luta contra a leucemia. A criança passa por médicos e hospitais há mais de dois anos e de acordo com o educador físico Catriel Carlos da Silva, pai da menina, o caso da filha foi piorando com o decorrer do tempo e agora a transferência dela para uma unidade hospitalar fora do estado é urgente.
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Até esta quinta-feira (27), os pais de Hillary ainda viviam uma incerteza, já que o diagnóstico dela foi descoberto há poucos dias e a menina precisava de uma transferência e ainda não havia tido um retorno do Tratamento Fora do Domicílio (TFD), para levá-la ao Hospital de Amor.
Na manhã desta sexta (28), receberam a ligação confirmando a viagem para Barretos, em São Paulo, para a próxima segunda-feira (31).
“Nem sei explicar [o que estamos sentindo]. [É] uma mistura de emoção, medo, alegria, tudo, é uma esperança”, assegurou o pai.
Com a transferência marcada, agora a família pede, através da solidariedade das pessoas, ajuda para mantê-los em Barretos, que é onde a Hillary será acompanhada, já que a família enfrenta muitos desafios financeiros.
Suspeitas
Catriel contou que a família já vem há dois anos indo a médicos com a pequena Hillary. A menina sempre adoecia, ficava com a imunidade baixa. Porém, os médicos sempre diziam que não havia com o que se preocupar. Apenas exames simples eram feitos, sem aprofundamento.
“Ela tinha muita dor no abdômen e eles davam de dipirona e mandavam ela para casa. Sempre foi assim, nunca foi encaminhado para fazer nenhum tratamento. A gente desconfiou até de febre reumática, aí fizemos acompanhamento particular com reumatologista, com vários especialistas, com cardiologista, com pediatra, porém ninguém descobria”, disse ele.
Segundo o pai, em janeiro deste ano a menina teve uma crise muito forte e pela primeira vez ficou internada no Pronto-socorro de Rio Branco. Após isto, foi encaminhada ao Hospital da Criança, que fica no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into-AC), na capital.
“Ela só está nesse estado por negligência médica. Há mais de dois anos, a gente chega no hospital e dizem que não é nada. Passavam remédio pra passar a dor na região do abdômen e mandavam pra casa. Fomos na UPA e PS várias vezes e só um médico bom que examinou e pediu exames, mas não descobriu nada. Ela chegou só com o baço inchado”, falou ele.
Busca por diagnóstico mais detalhado
Catriel menciona que mesmo após chegar ao Hospital da Criança, Hillary ainda não obteve diagnóstico e, primeiramente, suspeitaram de dengue. De acordo com ele, a médica que a estava atendendo não estava solicitando os exames corretos e indo para uma investigação errada da doença da filha.
“A gente clamou e foi falar com a direção [do hospital] que eles tomaram atitude para chamar outro profissional, que veio com uma linha de raciocínio totalmente diferente, porque a gente já não aguentava mais ver nossa filha só se agravando em cima de uma cama no hospital e ninguém fazendo nada”, lamentou ele.
O pai conta que 30 dias após a primeira internação em 2025, a criança que inicialmente estava apenas com o baço inchado, em março, já estava com com fígado e com os dois rins comprometidos. “Essa nova médica pediu um exame que era da medula óssea, que é uma minicirurgia, o procedimento, e só assim ela já diagnosticou a leucemia, e viu as alterações na célula dela”, expõe.
Quadro grave e pedido de ajuda
O educador físico atribui a demora no diagnóstico a piora da filha que agora enfrenta um quadro grave, com vários órgãos inchados: rins, baço, fígado e leve sopro no coração. Além disso, a menina ainda está com febre constante e pressão alta.
Após a confirmação da transferência nesta sexta, Catriel e a esposa agora precisam mudar toda a rotina para um novo estado para tratar a filha que está necessitando de cuidados intensivos.
“A gente gerou uma movimentação muito grande, porque o caso dela é grave. Agora precisamos de uma ajuda, porque é uma mudança de vida, vamos largar tudo para se dedicar a ela, então vai ser bem complicado”, comentou ele.
Família de Hillary pede ajuda para acompanhar criança durante internação
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