Quando Cinneah El Amin foi demitida de seu emprego na área de tecnologia, em 2023, ela não tinha pressa para encontrar outro cargo corporativo.
Em vez disso, El Amin viu isso como um sinal para se dedicar totalmente ao seu próprio negócio, a Flynanced, que oferece conselhos de carreira e finanças pessoais para mulheres trabalhadoras e ambiciosas.
No ano seguinte, ela encarou seu “sabático corporativo” como um momento para crescer como empreendedora. Ela criou novos conteúdos para as redes sociais, expandiu seu público e fechou parcerias com empresas como o TD Bank e o Intuit Quickbooks.
Mas, na primavera de 2024, El Amin estava esgotada. Então, ela tomou uma decisão que muitos fundadores de startups poderiam evitar: reduzir o ritmo de seu próprio negócio e conseguir outro emprego das 9h às 17h para garantir uma renda estável.
“Isso não é admitir fracasso”, diz El Amin. “É apenas redefinir o que o sucesso significa para mim.”
Quando o empreendedorismo leva ao burnout
Para a jovem de 30 anos, voltar a trabalhar para um empregador significava mais estabilidade no emprego, uma rotina estruturada, melhor plano de saúde e um salário fixo.
Ela vê isso como uma forma de autocuidado, que também elimina a pressão de monetizar cada esforço que investe na Flynanced. “É um grande salto passar de ter uma marca paralela a um emprego das 9h às 17h para fazer disso sua principal fonte de renda”, diz ela.
A pressão financeira levou El Amin a trabalhar em excesso em seu negócio, o que resultou em exaustão e burnout.
“Eu estava sempre pensando na próxima venda, no próximo acordo com marcas”, diz ela, “e parecia que eu estava me afastando do motivo pelo qual comecei isso, que é ajudar as mulheres em suas jornadas financeiras e de carreira.”
No final das contas, ela acrescenta: “Eu senti que não conseguia realmente servir minha comunidade dessa forma.”
Dicas para procurar emprego após uma pausa no mercado de trabalho
Mas El Amin estava entrando em um mercado de trabalho que não havia melhorado desde que foi demitida. Durante meses, ela enfrentou dificuldades com poucas vagas e pouca atividade de contratação, especialmente em sua área de serviços financeiros.
“Não vou mentir, quando comecei minha busca por emprego, definitivamente senti um pouco de ansiedade sobre. ‘Será que vou realmente encontrar o que estou procurando?’”, diz El Amin.
Ela temia não conseguir igualar seu antigo salário ou manter um trabalho com foco remoto.
Então, ela precisou ser estratégica: El Amin esclareceu as habilidades que estava levando para o mercado como gerente de produto técnico e os tipos de empregos que desejava. Ela focou sua busca em empresas de sua indústria anterior e trabalhou com um coach para definir sua história de carreira — incluindo tudo o que aprendeu durante sua pausa de carreira e ao construir a Flynanced em tempo integral.
A maior lição foi aprender a conectar os pontos e mostrar como sua jornada empreendedora a torna uma melhor gerente de produtos. “Construir uma ideia do conceito ao lançamento é muito semelhante a trabalhar no ciclo de vida de gerenciamento de produtos”, diz ela.
Outro aprendizado importante: “Eu não precisava esconder algo pelo qual tenho muita paixão”, diz El Amin. Falar para outras mulheres sobre trabalho e finanças pessoais “é algo que gosto de fazer, da mesma forma que as pessoas têm outros hobbies fora do trabalho que não escondem.”
El Amin diz que foi importante comunicar que poderia reduzir seu negócio para ser um projeto paralelo enquanto assumia um novo emprego diário.
O truque do LinkedIn que levou El Amin a uma oferta de emprego
Após uma busca “agressiva” por vários meses, durante a qual estima ter se candidatado a mais de 300 vagas, El Amin conseguiu uma oferta como gerente sênior de produtos com o governo federal em setembro e começou seu novo trabalho em outubro. Ela trabalha totalmente de forma remota e se sente afortunada por substituir sua renda anterior de seis dígitos do setor privado. El Amin diz que encontrou seu cargo usando um truque no LinkedIn para buscar postagens de usuários que dizem “Estou contratando”, em vez de usar o painel de empregos da plataforma.
“Entrar no governo federal não estava nem no meu radar”, diz ela, “e se aquela pessoa não tivesse feito uma postagem dizendo ‘Ei, esta agência está procurando gerentes de produtos’, eu nunca teria encontrado.”
Como muitos, El Amin pensava que trabalhar para o governo federal significaria estabilidade na carreira. Mas ela diz que os esforços do governo Trump para reduzir o tamanho da força de trabalho federal através de demissões em massa colocaram essa suposição em dúvida.
Após a ordem executiva do presidente Donald Trump em 20 de janeiro que pediu o fim do trabalho remoto em cargos governamentais, ela aceitou que pode ter que voltar a um escritório em algum momento. Até agora, no entanto, nenhum plano foi explicitamente anunciado para sua base de trabalho em Nova York.
“Não descanso neste emprego pensando que tenho segurança total no trabalho”, diz El Amin.
“Estou motivada para fazer este trabalho porque provavelmente é a primeira vez na minha vida que realmente sinto que estou trabalhando em algo que me traz realização como gerente de produto. Estou trabalhando em serviços críticos para a missão que ajudam o povo americano. E isso é muito gratificante”.
Agora, El Amin dedica cerca de 10 horas por semana trabalhando na Flynanced e “servindo a comunidade existente.”
Comprometer-se com um emprego diário e um projeto paralelo requer uma priorização implacável, ela diz: “Estou feliz com onde a Flynanced está, mas também sou realmente intencional. Não quero me esgotar”.
“Adoro ser empreendedora”, diz El Amin, “mas também amo ter opções”.
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O post ‘Não estou assumindo fracasso’: Esta empreendedora de 30 anos voltou a um emprego tradicional após quase 2 anos sendo sua própria chefe apareceu primeiro em Times Brasil- Licenciado Exclusivo CNBC.
