Operação Prodígio: MP denuncia 31 suspeitos de faturar R$ 19 milhões em esquema de golpes contra banco

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Denúncia é derivada de investigação da Polícia Civil do Piauí que identificou dezenas de pessoas como suspeitas de praticar fraudes contra uma instituição financeira. Operação Prodígio: Dezenas de pessoas foram presas por suspeita de fraude financeira de R$ 19 milhões
Reprodução
O Ministério Público do Piauí (MPPI) denunciou 31 suspeitos de participação no esquema de golpes contra um banco. O grupo criminoso faturou cerca de R$ 19 milhões utilizando dados falsos para abrir contas e conseguir crédito junto à instituição financeira para, depois, solicitarem dinheiro sem pagar de volta.
Os suspeitos são acusados de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia, da promotora Francineide da Silva Sousa, foi remetida para a 5ª Vara Criminal da Comarca de Teresina na última quarta-feira (18). Veja a lista dos denunciados mais abaixo.
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O grupo foi preso durante a Operação Prodígio, da Polícia Civil do Piauí, deflagrada no dia 5 de setembro deste ano, em Teresina. Dentre os presos estavam Anderson Ranchel Dias, Handson Ferreira Barbosa, Ilgner de Oliveira Bueno e Sávio Máximo de Sousa, apontados como líderes.
A princípio, as prisões eram temporárias, com prazo de cinco dias. Passado o período, 26 pessoas foram liberadas e os suspeitos apontados como líderes tiveram suas prisões convertidas em preventivas. Alguns deles continuam presos.
Pessoas denunciadas:
Anderson Ranchel Dias de Sousa
Angela Marques de Almeida Terto
Ariosvan Lopes Pereira
Diana Mayara da Costa Reis
Dimona Cibele de Andrade Miranda
Eristay Cantuario Oliveira
Erisvelton Felipe Oliveira Santos
Handson Ferreira Barbosa
Ilgner de Oliveira Bueno Lima
João Gabriel Vieira Leal dos Santos
José Iann da Penha Passos
Juliana Maciel Aires
Kamila Thayline de Oliveira Gomes
Liedson Ribeiro da Costa
Louise Raquel Cardoso de Sousa
Marcelo Cristian Gomes Silva,
Marcelo de Sousa Almeida
Maria Aparecida da Costa Morais
Rafael Soares de Oliveira
Raimundo Isaias Lima
Ramon Vitor Lopes Gomes
Rennan Erick de Oliveira Sousa
Sávio Máximo de Sousa Andrade
Simplício da Silva Santos
Tairo Nunes da Silva
Taise Nunes da Silva
Tiago de Carvalho Santos
Vinícius de Morais Sousa
Vitoria Ferreira do Nascimento
Wanderson Santos Queiroz
Washington Silva de Santana
Como funcionava o esquema
A investigação apontou que os líderes do grupo atraíam “clientes” que buscavam dinheiro, e usavam seus nomes para enganar os bancos e conseguir créditos altos.
O dinheiro era entregue ao cliente, e a quadrilha ficava com uma porcentagem. Em depoimento à Polícia, o homem apontado como líder do grupo, Anderson Ranchel, disse que ganhava “um pouco de dinheiro” com a fraude.
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Anderson Ranchel, apontado como líder do grupo – Operação Prodígio: Justiça decreta prisão preventiva de líderes do esquema; mais de 300 suspeitos foram identificados
Fantástico
Entretanto, a investigação apontou que os líderes recebiam até 40%, e os empréstimos chegavam a custar R$ 120 mil. Segundo a Polícia, 117 pessoas foram identificadas como suspeitas de participar dessa forma da fraude.
Em todo o Brasil, são 314 suspeitos. Essas pessoas estão ligadas a mais de 600 contas bancárias com indícios de irregularidades.
Os criminosos anunciavam empréstimos bancários facilitados em grupos de aplicativos, e também nas ruas. Muitos clientes moravam em bairros da periferia de Teresina, e os agenciadores do esquema usavam até carros de som para anunciar o “serviço” de empréstimos.
Três dos quatro líderes nasceram e cresceram na periferia, e conheciam pessoalmente boa parte dessas pessoas. Depois, contas bancárias eram abertas no nome dessas pessoas, mas informando uma profissão e uma renda diferentes: médicos e engenheiros, por exemplo.
O objetivo era forjar uma alta renda para conseguir muito crédito nos bancos. Em seguida, o grupo depositava na conta um valor compatível com a renda declarada, e o banco entendia que a profissão do cliente era verdadeira.
Então, concedia o crédito bancário. Essa operação era feita outras vezes, para que o crédito bancário aumentasse. Em determinado momento, os criminosos decidiam “limpar” as contas, usando todo o crédito fornecido usando máquinas de cartão ligadas a empresas fantasmas, e não pagavam mais.
O prejuízo total da instituição financeira foi de R$ 19 milhões. Desse valor, R$ 6 milhões são relacionados a golpes praticados em contas bancárias de agências localizadas no Piauí.
Suspeito de liderar esquema de fraude bancária com prejuízo de R$ 19 milhões ostentava vida luxuosa nas redes sociais
Anderson Ranchel Dias de Sousa, apontado como líder da associação criminosa, ostentava uma vida luxuosa nas redes sociais, tendo viajado mais de 10 vezes para os Estados Unidos somente durante o período da investigação.
O esquema começou a ser investigado depois da esposa de um dos suspeitos presos ter denunciado a fraude após sofrer violência doméstica do marido.
Além disso, a gerência do banco também estava desconfiando do número de contas abertas e da idade de alguns clientes. Por isso, a polícia foi acionada.
Os gerentes suspeitaram quando clientes, que se identificavam como médicos residentes, por exemplo, iam ao espaço físico do banco, tendo cerca de 18 anos.
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