Preso suspeito de matar criança e manter família em cárcere privado morre na Grande BH

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Segundo a Sejusp, ele foi encontrado por policiais penais pendurado pelo pescoço dentro do Presídio de São Joaquim de Bicas e morreu na UPA. Diego Pinheiro dos Santos é filho de Terezinha Pereira dos Santos. Presídio de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de BH
Reprodução/ TV Globo
Diego Pinheiro dos Santos, de 31 anos, filho de Terezinha Pereira dos Santos, que estava preso no Presídio de São Joaquim de Bicas II, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, morreu neste sábado (13). Ele havia sido denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pelo homicídio de um menino de 4 anos e também pelos crimes de cárcere privado e tortura.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Diego estava acautelado na enfermaria do presídio e, na manhã deste sábado (13), “foi encontrado pendurado pelo pescoço, por uma corda feita com o tecido do próprio uniforme, na ventana do local”.
De acordo com a Sejusp, ele foi resgatado por policiais penais e chegou a ser encaminhado com vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Joaquim de Bicas, onde morreu.
A direção do presídio “instaurou um procedimento de investigação interna para apurar administrativamente as circunstâncias que levaram a óbito o detento”.
Diego estava preso desde 8 de fevereiro, dois dias depois da morte de uma criança de 4 anos em São Joaquim de Bicas. Ele, Terezinha e a mãe do menino, Kátia Cristina Alves Robes, foram denunciados pelo homicídio.
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Entenda
Segundo a denúncia do MPMG, em 2021, Terezinha Pereira abordou Kátia Cristina Alves Robes e o companheiro e os filhos dela próximo à rodoviária de Belo Horizonte e os convidou a trabalhar em um sítio em São Joaquim de Bicas.
De acordo com o MPMG, desde que a família chegou ao sítio, Terezinha e Diego determinaram que Kátia e as crianças trabalhassem no local, mas nunca efetuaram qualquer pagamento. Além disso, cadastraram a família no programa Bolsa Família e recebiam o valor em nome dos beneficiários.
Ainda segundo a denúncia, durante todo o período em que Kátia e os filhos estiveram no sítio, Terezinha e Diego “constrangeram toda a família, mediante violência ou grave ameaça”. Eles também castigavam e agrediam as crianças e, muitas vezes, as alimentavam somente uma vez por dia, com uma mistura de feijão com arroz cru.
De acordo com o Ministério Público, Kátia também agredia os filhos. A denúncia diz que, no dia 6 de fevereiro deste ano, ela, Terezinha e Diego agrediram e mataram o filho de Kátia, de 4 anos.
Conforme a denúncia, no dia 15 do mesmo mês, Terezinha e a filha dela, Lalesca Pereira dos Santos, levaram outros dois filhos de Kátia, de 6 e 9 anos, para um apartamento no bairro Lagoinha, na Região Noroeste de Belo Horizonte, e as trancaram no imóvel, “deixando-as desprovidas de alimentação e dos cuidados básicos de saúde”.
Vizinhos chamaram a polícia, e as crianças foram resgatadas no dia 21 de fevereiro com sinais de desnutrição.
Terezinha foi presa em abril, em Belo Horizonte. Kátia está presa desde o dia da morte do filho, em 6 de fevereiro.
Terezinha Pereira dos Santos, de 53 anos, foi presa em abril
Carlos Eduardo Alvim / TV Globo
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