“Não há evidências de dominância fiscal no Brasil”, segundo Oxford Economics

Gráfico Ibovespa. Foto: Reprodução, Divulgação

A economia brasileira não está sob risco de dominância fiscal, apontou um estudo recente da Oxford Economics. O relatório, que compara a situação do Brasil com a da Argentina, destaca que o país mantém características que o afastam de um quadro de descontrole fiscal, mesmo diante de temores do mercado e da recente depreciação do real.

Segundo os especialistas, a dominância fiscal ocorre quando o mercado de capitais aceita financiar a dívida pública com taxas de juros reais negativas, algo viável apenas em economias com moedas fortes e inflação baixa, como Japão e Europa. Para economias emergentes, essa condição é possível apenas sob controles de capital rígidos, como os implementados pela Argentina.

Na Argentina, o Banco Central restringe o acesso do mercado financeiro a alternativas de poupança, permitindo manter taxas de juros reais negativas. Essa medida transfere à política fiscal a responsabilidade por estabilizar a inflação e o ciclo econômico.

O Brasil, no entanto, segue uma lógica diferente. Por ser uma economia aberta e dependente do mercado internacional, precisa oferecer taxas de juros competitivas que reflitam o risco de crédito, a fim de atrair investidores. Essa característica impede que o Banco Central force as taxas de juros para níveis inferiores ao exigido pelos credores.

“Diferentemente da Argentina, onde o controle de capitais domina o cenário, o Brasil continua a obedecer às condições de mercado, preservando sua atratividade para investidores globais”, afirma o relatório.

Essa avaliação tranquiliza os mercados financeiros, reforçando que o país tem capacidade de se manter em um caminho equilibrado, mesmo em meio a desafios econômicos globais.

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