Trump avalia tarifa de 10% sobre a China a partir de 1º de fevereiro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que sua equipe está discutindo a aplicação de uma tarifa de 10% sobre produtos chineses, com possibilidade de início já em 1º de fevereiro.

“Estamos falando de uma tarifa de 10% sobre a China, com base no fato de que eles estão enviando fentanil para o México e o Canadá“, declarou Trump a jornalistas na Casa Branca na noite de terça-feira (21). Ele acrescentou que “provavelmente 1º de fevereiro é a data que estamos considerando”.

O fentanil, um opioide sintético, é altamente viciante e tem causado dezenas de milhares de mortes por overdose todos os anos nos EUA. A redução do fornecimento ilegal da droga, cujos precursores químicos são majoritariamente produzidos na China e no México, tornou-se um ponto de cooperação entre Washington e Pequim.

Na sexta-feira (17), Trump afirmou ter conversado por telefone com o presidente chinês Xi Jinping sobre fentanil e comércio. Segundo o governo chinês, Xi pediu mais colaboração entre os países e destacou que os laços econômicos entre China e EUA são mutuamente benéficos.

Apesar disso, o vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, alertou contra uma guerra comercial durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, na terça-feira. “Não há vencedores em uma guerra comercial”, disse ele, conforme tradução oficial, pedindo esforços globais para promover a globalização econômica e uma distribuição mais justa de seus benefícios.

O yuan offshore chinês teve uma breve valorização, mas voltou a cair, sendo cotado a 7,2796 em relação ao dólar norte-americano.

China evita comentar tarifas propostas

Embora a proposta de tarifas sobre a China tenha ganhado destaque internacional, grandes veículos de comunicação estatais chineses não abordaram o tema. Em vez disso, priorizaram outras declarações de Trump, como sua ameaça de impor tarifas à União Europeia.

Os EUA são o maior parceiro comercial da China considerando países individualmente. Dados oficiais indicam que, em 2024, as exportações da China para os EUA cresceram 4,9%, enquanto as importações caíram 0,1%, resultando em um superávit comercial de US$ 361 bilhões – acima dos US$ 316,9 bilhões registrados em 2020, último ano completo do primeiro mandato de Trump.

Na época, Trump aumentou tarifas sobre bens chineses para tentar ampliar a importação de produtos norte-americanos pela China e abordar preocupações históricas de empresas dos EUA no mercado chinês. Pequim respondeu com tarifas próprias.

Impacto econômico estimado

Um relatório recente do Peterson Institute for International Economics apontou que, caso os EUA imponham uma tarifa adicional de 10% sobre a China, e Pequim reaja na mesma medida, o PIB dos EUA teria uma perda de US$ 55 bilhões ao longo de quatro anos, enquanto o impacto na China seria de US$ 128 bilhões.

Tarifas para México e Canadá

Trump também afirmou na terça-feira que sua equipe avalia a aplicação de uma tarifa de 25% sobre o México e o Canadá. Ele já havia feito comentários semelhantes no dia anterior, sugerindo que essas taxas também poderiam entrar em vigor a partir de fevereiro.

“Estamos pensando em algo em torno de 25% sobre o México e o Canadá, porque eles estão permitindo que um grande número de pessoas cruze a fronteira”, disse Trump na segunda-feira (20).

Enquanto fazia campanha em 2024, Trump ameaçou tarifas de até 60% sobre bens chineses. Em novembro, ele voltou a defender a aplicação de uma tarifa adicional de 10% à China em uma publicação em sua rede social, Truth Social.

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