Trump nega ameaçar Canadá e México com tarifas para renegociar acordo de livre-comércio

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta terça-feira (21) ameaçar México e Canadá com tarifas como meio de pressão para renegociar o T-MEC, o acordo de livre-comércio entre os três países.

“Não”, respondeu o republicano quando um jornalista lhe perguntou na Casa Branca se estava usando as tarifas como meio de pressão para negociar o T-MEC, cuja revisão está prevista em 2026.

O magnata ameaça impor a México e Canadá tarifas de 25% a partir de 1º de fevereiro por estimar que esses países permitem a entrada de migrantes em situação irregular e drogas.

Ambos os países “permitiram que milhões e milhões de pessoas entrem em um país onde não deveriam estar. Poderiam tê-los detido e não o fizeram”, declarou nesta terça.

“O fentanil chega maciçamente através do Canadá, o fentanil chega maciçamente através do México. E está matando as pessoas, e está destruindo as famílias”, queixou-se.

Trump afirma que falou recentemente sobre o fentanil com o presidente chinês Xi Jinping. “Eu disse: não queremos esse lixo em nosso país. Vamos impedi-lo”, contou na Casa Branca.

Também voltou a falar por alto sua ordem de mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América. “Soa tão bonito”, comentou.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, pediu “cabeça fria” diante das medidas adotadas na segunda por Trump, depois que ele tomou posse do cargo.

O bilionário decretou uma emergência nacional na fronteira com o México para fazer frente ao que considera uma “invasão” de migrantes e decidiu seguir construindo o muro fronteiriço.

Além disso, reativou o “Fique no México”, um programa que obriga os migrantes a esperarem o desfecho do processo migratório do outro lado da fronteira, e anulou a possibilidade de que obtenham legalmente uma audiência através de um aplicativo de telefone celular (CBP One) para chegarem a um porto de entrada.

Trump diz estar aberto para que Musk compre TikTok

O presidente Donald Trump mostrou-se favorável a que Elon Musk adquira o TikTok, se o dono de X, SpaceX e Tesla quiser comprar a rede social de vídeos curtos, proibida nos Estados Unidos desde domingo.

“Estaria sim se ele quisesse comprá-la”, disse Trump aos jornalistas quando perguntado se estava aberto para que Musk, o homem mais rico do mundo e responsável por uma iniciativa de cortes orçamentários na nova administração, adquira a plataforma.

Trump assinou na segunda-feira um decreto para suspender durante 75 dias a proibição que pesa sobre o TikTok nos Estados Unidos até que seu proprietário chinês ByteDance o ceda em uma venda.

Trump sugeriu a ideia de uma associação em partes iguais entre “os Estados Unidos” e seu proprietário chinês ByteDance, mas não deu detalhes sobre como isso poderia ser feito.

A proibição do TikTok foi aprovada devido às preocupações de que o governo chinês possa utilizar a plataforma para espionar os americanos ou influenciar de forma encoberta a opinião pública americana através da coleta de dados e da manipulação de conteúdos.

Quando perguntado nesta terça-feira (21) se tinha em seu telefone o TikTok, que está proibido nos dispositivos do governo americano, Trump disse: “Não, mas […] acho que o conseguirei agora mesmo.”

O TikTok ficou inacessível por um breve período nos Estados Unidos no sábado à noite, quando se aproximava a data limite de venda estabelecida pela lei, deixando milhões de usuários consternados.

Com a cooperação tácita da Oracle, seu provedor de servidores, o TikTok restabeleceu o serviço nos Estados Unidos no domingo, e atribuiu o mérito ao compromisso de Trump de salvar a plataforma.

Embora os usuários possam acessar o TikTok, Apple e Google ainda não colocaram o aplicativo à disposição em suas lojas virtuais, por isso são negadas as instalações aos novos usuários e as atualizações aos que já o possuem.

As empresas que violarem a lei, que segue oficialmente em vigor, enfrentarão penalidades de até US$ 5.000 (R$ 30 mil) por usuário que acessar o aplicativo.

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