Em dia de leilão do BC e posse de Trump, dólar recua

Dólar recua após posse de Trump e leilão do Banco Central impulsiona Ibovespa

O mercado financeiro brasileiro está vivendo um dia agitado nesta segunda-feira (20). O dólar à vista apresenta queda em relação ao real, enquanto o Ibovespa opera em alta, refletindo tanto a expectativa global com a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos quanto as medidas do Banco Central (BC) no mercado cambial.

Por volta das 14h43, o dólar à vista registrava queda de 0,45%, sendo negociado a R$ 6,042 na venda. Esse movimento de desvalorização ocorre em um contexto de atenção global voltada à posse de Trump. O mercado financeiro aguarda com grande expectativa os mais de 100 decretos que o presidente norte-americano prometeu assinar logo em seu primeiro dia de mandato. Entre os temas esperados estão medidas sobre imigração, abertura de fronteiras para exploração de petróleo e tarifas de importação.

Portanto, a influência desses eventos sobre o cenário global será mais claramente percebida na terça-feira (21), quando os mercados norte-americanos reabrirem após o feriado de Martin Luther King Jr.

Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, apresentava um ganho de 0,45% no mesmo horário, atingindo 122.820,55 pontos. A falta de referência das bolsas norte-americanas devido ao feriado impulsiona os investidores brasileiros a focarem nos desdobramentos locais, incluindo as primeiras ações do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Primeira intervenção de Galípolo no câmbio

Nesta manhã, o BC realizou dois leilões de linha, ofertando um total de US$ 2 bilhões ao mercado. Esses leilões, que envolvem a venda de dólares com compromisso de recompra, são parte de uma estratégia para conter a volatilidade cambial. O primeiro leilão, com oferta de US$ 1 bilhão e data de recompra para 4 de novembro de 2025, foi realizado entre 10h20 e 10h25. O segundo ocorreu entre 10h40 e 10h45, com os mesmos valores e recompra marcada para 2 de dezembro de 2025.

Essa intervenção marca a estreia de Gabriel Galípolo como presidente do BC, em um momento de alta sensibilidade do mercado em relação à política fiscal brasileira. Em dezembro, o BC já havia vendido US$ 32,6 bilhões em leilões extras para atender à elevada demanda de fim de ano por dólares.

Cenário fiscal e impactos no mercado cambial

A volatilidade do dólar nas últimas semanas está diretamente ligada às preocupações com o cenário fiscal do Brasil. Dessa forma, o anúncio de uma reforma do Imposto de Renda pelo governo, em novembro, gerou incertezas e ofuscou as medidas de contenção de gastos apresentadas na mesma época. Isso elevou o receio dos investidores e levou a uma forte disparada do dólar no fim do ano passado.

Além disso, no cenário internacional, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas principais, recuava 0,26%, registrando 109,040 pontos. Em suma, esse desempenho reflete a cautela global em relação à transição de poder nos Estados Unidos e ao impacto das medidas que serão implementadas pelo governo Trump.


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