Caso Joaquim: Defesa de padrasto condenado por matar menino com alta de dose de insulina vai recorrer da decisão

Advogado Antônio Carlos de Oliveira entrou com recurso tão logo a sentença foi proferida. Segundo ele, decisão do júri é contrária à prova dos autos. Acusado de matar o menino Joaquim Guilherme Longo concede entrevista de dentro da Penitenciária de Tremembé (SP)
Reprodução/ EPTV
A defesa de Guilherme Longo informou que interpôs um recurso de apelação para recorrer da sentença que condenou o padrasto de Joaquim Pontes Marques a 40 anos de prisão na noite deste sábado (21), em Ribeirão Preto (SP).
O g1 apurou que, ao ouvir a condenação, Longo não esboçou qualquer reação.
Na saída do fórum, o advogado Antônio Carlos de Oliveira disse que as provas nos autos são insuficientes para condená-lo e, por isso, entrou com recurso imediatamente.
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“A defesa está ciente que foi desenvolvido todo um trabalho que o processo demandou, continuamos entendendo que não há nos autos provas suficientes para que Guilherme fosse condenado e é nesse sentido que a defesa já, imediatamente, interpôs recurso de apelação. A decisão do júri é manifestamente contrária à prova dos autos”.
Oliveira disse também não concordar com a sentença e a considerou desproporcional, uma vez que Longo é réu primário.
“Discordamos da sentença que foi proferida, entendemos que a decisão foi manifestamente contrária à prova dos autos, bem como entendemos que a sentença foi absolutamente desproporcional, tendo em vista que Guilherme Longo é primário e não justifica uma pena de tamanha gravidade. Mas nós verificamos que o júri não foi unânime em condenar Guilherme Longo. Houve uma divergência na votação e a votação foi por maioria”.
O advogado de defesa de Guilherme Longo, Antônio Carlos de Oliveira, acredita que o júri pode isentar o réu da morte de Joaquim Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
Joaquim foi encontrado morto nas águas do Rio Pardo, em Barretos (SP), cinco dias após desaparecer da casa em que vivia com Longo e a mãe, Natália Ponte. Ela foi absolvida de todas as acusações que pesavam contra ela.
O caso aconteceu em 2013. Segundo o Ministério Público, Longo matou Joaquim, que tinha diabetes, com 166 doses de insulina e jogou o corpo do menino no córrego Tanquinho, próximo à casa da família, no Jardim Independência.
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Presente no último dia de julgamento do filho, Augusta Aparecida Raymo Longo deixou o fórum na noite deste sábado bastante emocionada e lamentou a condenação.
“Essa foi a justiça do homem. A de Deus é diferente”.
O menino Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto cinco dias após desaparecer da casa onde morava em Ribeirão Preto
Reprodução
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