Nos M&As, o apetite está maior para as transações mais recheadas

O número de fusões e aquisições no Brasil aumentou 1,9% em 2024. Ao todo foram registradas 1.426 transações de M&A durante o ano passado, segundo dados do Brazil Transactions Industry Insight, realizado pela consultoria Kroll e obtido com exclusividade pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

“O principal ponto aqui é que o Brasil, independente das condições desafiadoras globais e locais, manteve o patamar de número de operações acima de 1.400”, afirma Alexandre Pierantoni, diretor-executivo da Kroll. “Enquanto isso, houve uma queda de 7% no número de operações globais.”

Este foi o terceiro melhor resultado da história. O número de transações registrado no ano passado só foi inferior aos observados em 2021 e 2022, quando foram feitas 1.627 e 1.543 operações de M&A no País. Mesmo assim, trata-se de um aumento tímido. Para Pierantoni, as condições globais mais expansionistas e as taxas de juros mais baixas contribuíram para os picos em 2021 e 2022.

O que chama a atenção, contudo, é que houve uma movimentação maior em negócios mais consolidados. Segundo a RGS Partners, que fez outro estudo sobre M&As, as apenas transações maiores (cujo valor é igual ou superior a R$ 50 milhões) aumentaram 27% no período.

De acordo com a RGS Partners foram registrados 160 negócios envolvendo aquisições, fusões, vendas de participação ou de ativos de empresas sediadas no Brasil. O valor transacionado foi de R$ 178 bilhões, 41% maior do que o registrado em 2023. Os dados são preliminares e não contabilizam algumas transações efetuadas em dezembro.

Ao considerar os M&As como um todo, com base no estudo da Kroll, o setor de tecnologia foi o que mais movimentou o mercado. Foram 220 operações registradas em 2024. 

Um exemplo de transação no mercado de tecnologia foi a compra da divisão de TI da Algar Telecom pela Positivo. O negócio foi firmado em março do ano passado e movimentou R$ 235 milhões, sendo R$ 190 milhões pagos na assinatura e o restante em março de 2025.

Empresas do setor financeiro e companhias que atuam no mercado de energia também tiveram números relevantes de transações. Juntos, os três segmentos responderam por 36% das fusões e aquisições.

Nesses segmentos, um dos destaques foi a transação feita pelo Bradesco. O banco da Cidade de Deus, em Osasco, comprou 50% da operação do banco John Deere, voltado para o setor de agro. O negócio foi firmado em agosto do ano passado.

Outras transações que impactaram o mercado envolveram a fusão da Amil com a Dasa, que resultou na criação da empresa Ímpar Serviços Hospitalares; a aquisição da Tok&Stok pela Mobly em uma operação de troca de ações; e a fusão das empresas de energia Enauta com a 3R Petroleum.

Com um cenário desafiador na questão fiscal em 2025, há tendência é de que o mercado de M&As no Brasil sofra uma vez que as empresas que precisam se capitalizar para realizar transações vão encontrar taxas de juros mais altas e um apetite menor dos investidores para alocações de alto risco. “Há maiores incertezas em 2025 frente aos desafios globais e locais. O ‘efeito Trump’ deve impactar no mercado de M&As”, diz Pierantoni.

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