Funcionária do McDonald’s agredida após esbarrar no marido de cliente não consegue voltar ao trabalho, diz mãe


Mãe da funcionária planeja entrar na Justiça contra a rede de fast-food após não receber imagens de monitoramento que flagraram a ação. McDonald’s alega ter oferecido suporte à colaboradora. Funcionária do McDonald’s alega ter ficado com marcas das agressões pelo corpo
Arquivo pessoal
A funcionária do McDonald’s que alega ter sido agredida por uma cliente após esbarrar no marido dela, dentro de uma unidade em Praia Grande, no litoral de São Paulo, não consegue voltar ao trabalho depois do episódio. As informações são da mãe da vítima, que planeja entrar na Justiça contra a rede de fast-food alegando não ter recebido as imagens de monitoramento que flagraram a ação.
✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp.
De acordo com o relato, a funcionária de 19 anos trabalha no McDonald’s há aproximadamente oito meses e, na ocasião, recolhia lixo das mesas quando esbarrou no homem. A jovem pediu desculpa ao cliente, mas foi abordada pela esposa dele no estacionamento, sendo xingada de “piranha” e agredida, ainda segundo a versão da família.
Ao g1, a mãe revelou a intenção de entrar na Justiça contra a rede de fast-food. “O McDonald’s se negou a entregar as imagens [de monitoramento]. Então a gente não sabe se a agressora fugiu andando, de bicicleta, enfim”, desabafou.
Por meio de nota, o McDonald’s informou que ofereceu suporte e manteve contato com a colaboradora, colocando-se também à disposição das autoridades. A companhia afirmou que é contrária a qualquer tipo de violência e reforçou o compromisso com um ambiente respeitoso.
Psicológico abalado
Vítima, de 19 anos, afirma ter ficado com ferimentos na boca após a agressão em Praia Grande (SP)
Arquivo pessoal
A funcionária disse ter ficado com marcas das agressões pelo corpo. A mãe afirmou que ela recebeu encaminhamento médico para se consultar com um psiquiatra após apresentar um quadro de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPS).
Ainda de acordo com a mãe, a vítima ficou com o “psicológico bastante abalado” e, por isso, não conseguiu mais voltar ao serviço.
“Jogou no chão, chutou, deu socos no rosto dela, na boca. O segurança foi tentar tirar a mulher, mas ainda acabou sendo agredido”, relatou a mãe. Segundo ela, outros clientes e funcionários precisaram intervir na situação.
O caso
Segundo a mãe, as agressões aconteceram no dia 1º de janeiro, no estacionamento de uma unidade em Praia Grande. De acordo com ela, ninguém acionou a Polícia Militar ou o resgate para a filha. Além disso, a agressora fugiu com o marido, que incentivou o ataque, conforme descrito pela familiar.
No dia seguinte, segundo a mãe, a jovem registrou um boletim de ocorrência sobre o caso e foi encaminhada para realizar exame de corpo de delito. Ela também passou por um médico que fez o encaminhado ao psiquiatra.
Manual no celular orienta mulheres vítimas de violência doméstica
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
Adicionar aos favoritos o Link permanente.