China anuncia novas medidas para valorizar o iuan em meio a pressões globais

China anuncia novas medidas para valorizar o iuan em meio a pressões globais

A moeda chinesa, o iuan, enfrenta uma pressão crescente no cenário internacional, especialmente após a recente eleição presidencial nos Estados Unidos. Desde novembro, o iuan perdeu mais de 3% em relação ao dólar, refletindo preocupações sobre possíveis tarifas comerciais impostas pelo presidente eleito, Donald Trump. Para conter a desvalorização e estabilizar a moeda, a China anunciou nesta segunda-feira (13) novas estratégias econômicas e financeiras.

Entre as principais medidas está o aumento das reservas de dólares mantidas em Hong Kong. A iniciativa visa ampliar a liquidez e melhorar os fluxos de capital, permitindo que empresas chinesas acessem mais empréstimos no mercado externo. Essa abordagem busca fortalecer a economia enquanto o país enfrenta tensões comerciais e ajustes na política monetária global.

Banco Central da China age para deter a desvalorização

O Banco do Povo da China (PBoC) tem adotado uma postura firme contra a especulação que intensifica a volatilidade cambial. Desde o final de 2024, a instituição vem emitindo alertas e implementando medidas para elevar os rendimentos dos títulos chineses. Nesta segunda-feira, as autoridades reforçaram a necessidade de coibir práticas especulativas, ajustando também os limites de empréstimos externos que empresas podem contrair, uma estratégia projetada para aumentar a entrada de moeda estrangeira no país.

Pan Gongsheng, presidente do PBoC, destacou no Fórum Financeiro da Ásia, em Hong Kong, que o banco central irá aumentar significativamente a proporção de reservas cambiais alocadas em Hong Kong. Embora ele não tenha fornecido detalhes específicos, a medida sublinha os esforços para fortalecer a posição do iuan frente ao dólar e estabilizar os mercados financeiros.

Impacto econômico e desafios futuros

A desvalorização do iuan está diretamente ligada à combinação de um dólar mais forte, redução nos rendimentos dos títulos chineses e incertezas políticas globais. Com a iminente posse de Donald Trump e suas promessas de novas barreiras comerciais, os desafios para o crescimento econômico da China só aumentam.

O PBoC precisa equilibrar suas ações para promover o crescimento interno sem prejudicar a flexibilidade do mercado financeiro. A estabilidade da moeda é crucial para evitar uma fuga de capitais e garantir condições favoráveis à economia.

As reservas internacionais da China, estimadas em US$ 3,2 trilhões no final de dezembro, desempenham um papel essencial na manutenção da confiança do mercado. Entretanto, a alocação dessas reservas e sua gestão eficiente serão fundamentais para o sucesso das medidas anunciadas.


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