Verão Maluco: La Niña Bagunça o Clima do Brasil! Entenda os Impactos

Verão Maluco: La Niña Bagunça o Clima do Brasil! Entenda os Impactos

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou oficialmente a presença da La Niña no início de 2025. Este fenômeno climático ocorre no oceano Pacífico Equatorial, afetando padrões climáticos globais. La Niña é conhecida pela redução das temperaturas da água do mar nessa região, contrastando com o aquecimento associado ao El Niño.

Com uma probabilidade superior a 90% de persistência até fevereiro de 2025, La Niña está associada a mudanças significativas nos padrões de vento e precipitação em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. Essas mudanças resultam em variações sazonais que afetam tanto o clima quanto as atividades econômicas e sociais em várias regiões.

O que é La Niña?

La Niña é frequentemente descrita como a “fase fria” do fenômeno conhecido como El Niño/Oscilação Sul (ENSO). Caracterizada por temperaturas mais baixas que a média na superfície do mar na região central e leste do Pacífico Equatorial, a La Niña é devidamente reconhecida quando a temperatura desvia pelo menos 0,5°C abaixo da média durante vários meses consecutivos.

Esse resfriamento tem potencial para alterar a circulação atmosférica, impactando padrões de chuva e temperatura globalmente. É um fenômeno de larga escala, refletindo suas influências em alterações climáticas em diversas partes do mundo, com consequências diretas e indiretas em setores como agricultura e recursos hídricos.

Como La Niña Afeta o Clima no Brasil?

No Brasil, a presença de La Niña tende a provocar aumento nos índices pluviométricos nas regiões Norte e Nordeste, ao mesmo tempo que diminui as chuvas na Região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul. Esse padrão é responsável pelo deslocamento facilitado de frentes frias ao longo da costa do Sul e do Sudeste, formando corredores de umidade que chegam a criar a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

A ZCAS resulta em períodos prolongados de chuvas intensas, o que pode ser benéfico para a recuperação de mananciais e reservatórios, essenciais para o abastecimento de água e geração de energia. Contudo, também acarreta problemas como inundações e deslizamentos, afetando a infraestrutura urbana e as atividades agrícolas.

Créditos: depositphotos.com / nirutdps

Quais são as Perspectivas para o Clima em 2025?

O verão de 2025 será influenciado pelo La Niña, permanecendo um fenômeno de intensidade considerada fraca. Essa expectativa vem se confirmando desde a primavera de 2024, com resfriamento gradual observado no Pacífico Equatorial. As previsões indicam continuidade deste padrão até meados do ano, seguido de uma transição para condições neutras.

As projeções para o clima brasileiro incluem o aumento de chuvas no Nordeste durante o período chuvoso, e maior regularidade nas precipitações na Amazônia. Entretanto, o risco de prolongadas estiagens persiste no Rio Grande do Sul. Observa-se também um aumento na probabilidade de formação de sistemas subtropicais no oceano, especialmente na área do Sudeste.

A Importância do Monitoramento Climático Contínuo

Análises contínuas de padrões climáticos como La Niña são cruciais para a adaptação e planejamento de atividades humanas. Modelos climatológicos não só monitoram a variação do fenômeno ENSO, mas também outros fatores, como a Oscilação de Madden-Julian (OMJ) e a Oscilação Antártica (AAO), que influenciam diretamente o clima brasileiro.

A compreensão dessas dinâmicas complexas ajuda na preparação e resposta a eventos climáticos, fundamentais para garantir segurança agrícola, gestão de recursos naturais e planejamento preventivo de infraestruturas, ressaltando a importância da colaboração internacional em estudos meteorológicos.

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