Vinte e cinco anos depois, família de Marcelo Daniel Silva diz que sentimento é de gratidão. Socorrista Marcelo Paulo Gonçalves ainda se emociona ao lembrar de caso. Profissional de Orlândia reencontra jovem que salvou no parto em 1998
O bombeiro Marcelo Paulo Gonçalves, de 49 anos, e o autônomo Marcelo Daniel Silva, de 25 anos, carregam o mesmo nome e parte de uma história que começou em 1998, em Orlândia (SP).
Foi Gonçalves o responsável por salvar a vida de Silva, quando a mãe dele teve complicações no parto.
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Marcelo Daniel Silva, de Orlândia (SP), deixa a alegria à mostra quando encontra o bombeiro que o ajudou a nascer, Marcelo Paulo Gonçalves
Luciano Tolentino/EPTV
Na época com 24 anos, Gonçalves tinha, praticamente, acabado de entrar para o Corpo de Bombeiros.
Ele segue na corporação até hoje, mas não esquece aquele dia, que marcou para sempre não só a vida profissional, que estava começando, mas muito também da vida pessoal.
“O comandante da época mandou em ir sozinho nessa ocorrência, porque ele interpretou que era apenas um transporte para o hospital. Chegando no local, tinha várias pessoas na rua e, em um tom de desespero, dizendo que tinha uma criança morta. Foi onde adentrei a casa e me deparei com um trabalho de parto, a criança presa no cordão umbilical, e tive a iniciativa de realizar os procedimentos de um parto emergencial”.
O bombeiro Marcelo Paulo Gonçalves, de Orlândia (SP), se emociona ao lembrar de parto que realizou há 25 anos
Luciano Tolentino/EPTV
Até terminar o parto e reanimar o bebê, que era dado como morto, foram cerca de 15 minutos. E o bombeiro não esconde a emoção da lembrança.
“Deu certo e, graças a Deus. O menino está vivo até hoje”.
Marcelo Daniel Silva nasceu em 1998, em Orlândia (SP), com a ajuda do bombeiro Marcelo Paulo Gonçalves
Reprodução/EPTV
Hoje, 25 anos depois, Gonçalves coleciona outras histórias, muito chamados e muitas situações que, junto com a equipe dos bombeiros de Orlândia, pode salvar muitas outras vidas. O tempo passou, mas o propósito, não.
“Me ajudou muito, mexeu muito com meu sentimento, de olhar mais para o próximo, gostar de criança, principalmente”.
Em 1998, bombeiros de Orlândia (SP) visitaram no hospital bebê que socorrista ajudou a nascer
Reprodução/EPTV
Nome em homenagem
Para Silva, a história é ainda mais especial. Ele conta orgulhoso que cresceu ouvindo sobre o dia que nasceu e carrega um sentimento de gratidão sempre que encontra com Gonçalves pelas ruas da cidade.
“Me sinto feliz por ele ter feito meu parto, é muita gratidão”.
Marcelo Daniel Silva, de 25 anos, de Orlândia (SP), conta que cresceu ouvindo histórias sobre o nascimento dele
Luciano Tolentino/EPTV
O nome dele é uma homenagem ao bombeiro e foi escolhido a dedo pela mãe, depois que foi salvo com a ajuda de Gonçalves.
Por causa dos minutos que ficou sem oxigênio durante o parto, Silva hoje tem deficiência intelectual e vive com uma tia e a irmã, Márcia Daniel Silva, de 31 anos. A mãe morreu quando ele tinha 10 anos.
Bombeiro Marcelo Paulo Gonçalves reencontra jovem Marcelo Daniel Silva, que ajudou a nascer em 1998, em Orlândia (SP)
Luciano Tolentino/EPTV
A cada novo reencontro entre os dois, o afeto cresce e o momento se torna especial. Principalmente para quem acompanhou a história de perto.
Márcia, na época com 6 anos, lembra muito bem do dia que o irmão caçula nasceu e se emociona ao falar sobre a importância do bombeiro para a vida da família.
“Foi um momento marcante para a nossa vida, principalmente, na vida do Marcelo. Ele está aí, com 25 anos, cheio de saúde, e tem a vida toda pela frente”.
Marcelo Paulo Gonçalves e Marcelo Daniel Silva, de Orlândia (SP): gratidão após 25 anos
Luciano Tolentino/EPTV
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Bombeiro de Orlândia, SP, reencontra jovem que salvou no parto em 1998
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