Brasil à Deriva? Economista avaia desempenho de Lula e seus desafios para governar o Brasil

Brasil à Deriva? Economista avaia desempenho de Lula e seus desafios para governar o Brasil

O cenário político e econômico brasileiro tem levantado questões sobre a capacidade do governo de lidar com os desafios atuais. Analistas apontam para uma gestão que, segundo eles, “não consegue comandar”. Em uma analogia feita no debate, o Brasil foi comparado a uma empresa sem um COO, com o presidente Lula agindo mais como um presidente de conselho do que como um CEO envolvido nas decisões cotidianas.

Lula e Haddad: desafios na economia e contradições ideológicas

A figura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi destacada por suas contradições. “Ele é o único bastião do corte de gastos no governo, mas sua posição entra em conflito direto com o que escreveu em 1998, quando defendia o socialismo”, disse Bruno Musa, economista e sócio da Acqua Vero. A falta de alinhamento entre o que Haddad pregava no passado e as demandas atuais da gestão econômica brasileira foi apontada como um dos entraves à recuperação do país.

Além disso, Lula ainda não teria sido convencido da necessidade de ajustes fiscais urgentes. “Estamos em um barco desgovernado”, comentou Musa, ao ressaltar o impacto de decisões econômicas que, a médio e longo prazo, poderiam levar a mais inflação e pobreza.

Um governo analógico em um mundo digital?

Outro ponto levantado foi a abordagem de Lula na articulação política. “Ele insiste em práticas dos anos 1980 e 1990, ignorando que vivemos em uma era digital”, afirmou o analista, destacando a dificuldade de lidar com um Congresso onde as emendas parlamentares não funcionam mais como no passado.

A resistência a mudanças também foi exemplificada por propostas como a tentativa de formalizar trabalhadores de aplicativos. “Essas pessoas não demandam mais isso. Ele está esperando uma revolução proletária que nunca aconteceu”, pontuou.

Orçamento limitado e relação com o legislativo

Com um orçamento total de 2,3 trilhões de reais, dos quais menos de 200 bilhões são discricionários, o governo enfrenta restrições severas para implementar políticas públicas. “Desse valor, 50 bilhões vão para emendas, deixando o governo praticamente sem margem de manobra”, explicou Musa.

Essa limitação teria levado Lula a adotar uma postura de afastamento em relação ao Legislativo, buscando proximidade com o Judiciário, onde ele mantém influência por meio de juízes indicados. “Isso enfraquece a democracia, pois decisões importantes acabam sendo tomadas de forma monocrática”, alertou o especialista.

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